Em nota, o GCB, que atua com tokenização de ativos por meio da PeerBR, afirmou que optou por deixar voluntariamente o quadro de associados da ABcripto no início de novembro. Além disso, o CEO da empresa, Gustavo Blasco, não é mais do conselho da Associação.

A Avenia e a Liqi também confirmaram que saíram da associação. A Liqi informou ainda que está em outras associações, como Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).

Procurados, Coinbase e Itaú não quiseram comentar oficialmente.

A ABcripto enfrenta uma crise interna com a disputa entre o presidente da entidade, Bernardo Srur, e o conselho de administração. Os conselheiros acusam Srur de não dar transparência às contas da entidade e controlar a associação de maneira antidemocrática.

A diretoria processou os conselheiros: Daniel de Paiva Gomes, advogado; André Portilho, head de digital assets da Mynt, a empresa cripto do BTG Pactual; Maria Isabel Sica, diretora de políticas públicas e regulação para a América Latina da Ripple; e Renata Mancini, head de compliance, risco e governança da Ripio.

Eles são acusados de conspirar para tentar tirar Srur do comando da associação e de terem pedido pela realização de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com eleição para a presidência de maneira irregular.

Já os conselheiros apontam que não sabiam sequer que a associação estaria em situação irregular na Receita Federal. Algo que Srur nega. A Justiça concedeu liminar em processo de contestação movido por Paiva Gomes e obrigou a diretoria da ABcripto a convocar a AGE.