O ressegurador IRB (Re) teve lucro de R$ 98,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa uma queda de 15% ante o registrado no mesmo intervalo de 2024, quando o desempenho da companhia foi beneficiado pela venda de um terreno no Rio de Janeiro.
O IRB (Re) divide sua carteira em dois segmentos: vida e não-vida. Na carteira não-vida, chamada também de P&C, o lucro líquido somou R$ 90 milhões. Já a de vida fechou o trimestre com R$ 9 milhões de lucro líquido.
O resultado de subscrição somou R$ 116 milhões, montante 1,9% menor na comparação anual.
“Registramos mais um trimestre de lucro líquido e, olhando a trilha dos últimos 12 meses, verificamos alta de 59%. Com isso, zeramos a linha de prejuízos acumulados, atingindo R$ 61 milhões de lucros acumulados em setembro”, disse Marcos Falcão, presidente do IRB(Re) em nota. “Continuamos apresentando indicadores de desempenho consistentes, tanto no resultado de subscrição quanto no resultado financeiro.”
Segundo Falcão, o negócio de subscrição “continua forte e rentável” e o resultado ficou em linha com o visto no terceiro trimestre de 2024, só que com uma sinistralidade menor.
O índice de sinistralidade caiu, passando de 67,9% no terceiro trimestre de 2024 para 61,2% no mesmo período deste ano.
O índice de despesas administrativas cresceu 5,1 pontos percentuais, para 14,1%. Já o de despesas com tributos caiu 1,6 ponto percentual, para 4,7%.
O índice combinado total — que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas — foi de 102,5%, ante 102,1% no terceiro trimestre de 2024.
Os dados consideram o que a companhia chama de “visão negócio”, baseado no pronunciamento técnico CPC 11 (IFRS 4), no qual algumas contas contábeis das demonstrações de resultados são aglutinadas de forma diferente do que inicialmente previsto nas práticas contábeis adotadas no Brasil para resseguradoras.
Conforme o IFRS 17, utilizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o lucro do IRB (Re) foi de R$ 112 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de R$ 192 milhões um ano antes.
No terceiro trimestre, os prêmios retidos pelo IRB(Re) caíram 17%, para R$ 866 milhões. Do total de prêmios retidos no período, R$ 840 milhões se referem à carteira P&C (97%) e R$ 26 milhões à vida (3%).
O prêmio retido é resultado da subtração do prêmio retrocedido do prêmio emitido. Ele reflete o prêmio que é mantido dentro da companhia.
No acumulado dos últimos 12 meses, o prêmio retido total da companhia somou R$ 3,56 bilhões. Houve crescimento de 8% em P&C, de R$ 3,09 bilhões para R$ 3,34 bilhões. Em vida, conforme estratégia de limpeza da carteira já antecipada pela companhia, o prêmio retido caiu 75%, de R$ 896 milhões para R$ 226 milhões.
“A carteira total diminuiu 11% em 12 meses, retração que é explicada pela redução dos negócios de Vida em 75%. Quando olhamos para o P&C, nosso principal negócio, o prêmio retido cresce 8% em 12 meses. A ideia é continuar selecionando riscos e crescendo nos negócios de maior rentabilidade. Nesse sentido, considerando as linhas de negócios, Patrimonial, que era 40% da carteira, nos últimos 12 meses representa mais da metade do nosso negócio, com 51%”, disse Daniel Castillo, vice-presidente de resseguros do IRB(Re), também em nota.
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