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Influenciadores cobram resposta do STF sobre censura; veja vídeo

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Um novo vídeo reúne vozes conhecidas do debate público brasileiro — Rodrigo Constantino, Cristina Graeml, Lucas Saba, Deltan Dallagnol, Jorge Serrão, Flávio Morgenstern, Paulo Polzonoff Jr e Marcos Tosi — para lançar uma cobrança direta ao Supremo Tribunal Federal (STF): afinal, quantos brasileiros tiveram seus perfis suspensos ou banidos das redes sociais por ordem da Corte?

A pergunta simples ecoa uma inquietação cada vez mais presente: a dimensão da censura no Brasil permanece envolta em sigilo. Desde 2019, quando foi aberto o inquérito das fake news, o STF e o TSE passaram a adotar a suspensão de perfis inteiros como ferramenta de repressão — medida considerada por juristas como ilegal e inconstitucional, uma vez que o Marco Civil da Internet prevê apenas a retirada de publicações específicas, e não o banimento total de cidadãos do espaço digital.

A “morte civil” digital

Para os críticos, o bloqueio de perfis equivale a uma “morte civil” do século 21: o indivíduo segue vivo, mas privado do direito fundamental de se comunicar, trabalhar e se expressar. O editorial da Gazeta do Povo desta semana lembra que milhares de brasileiros, anônimos e figuras públicas, já foram atingidos por essa pena sem previsão legal. Estimativas variam:

  • 1,5 mil suspensões relacionadas apenas aos réus do 8 de janeiro;
  • 3 mil perfis derrubados pelo TSE, segundo o whistleblower Eduardo Tagliaferro;
  • 200 contas banidas pela rede X (antigo Twitter) só desde 2020, por ordem judicial.

Apesar disso, em fevereiro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes afirmou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que teria bloqueado apenas 120 perfis em cinco anos — número que contradiz os dados disponíveis.

A recusa em dar transparência

A própria Gazeta tentou obter junto ao STF informações oficiais sobre o total de bloqueios. A resposta foi negativa, sob a justificativa de que seria necessário vasculhar decisão por decisão — muitas delas sob sigilo. Para críticos, a postura mina o discurso de transparência do Supremo e reforça a percepção de um tribunal que atua sem prestação de contas à sociedade.

A cobrança pública

É nesse cenário que surge o vídeo agora divulgado, no qual jornalistas, influenciadores e políticos se unem para dar visibilidade à questão. A campanha tem um ponto em comum: a exigência de transparência mínima. Quantas pessoas foram caladas? Quantos perfis suspensos? Quantos brasileiros privados de voz?

A pergunta, aparentemente óbvia, revela um dado ainda mais grave: em pleno regime democrático, o país não sabe o tamanho da máquina de censura que passou a operar desde 2019.

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