O governo de Hong Kong revelou novos detalhes de uma investigação em andamento envolvendo o incêndio devastador no complexo residencial público Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, que já deixou ao menos 128 vítimas fatais e 200 desaparecidas.
As autoridades informaram que o fogo, iniciado na tarde de quarta-feira, já está “sob controle”, embora persistam focos ativos em algumas unidades habitacionais.
Um relatório preliminar do governo revelou nesta sexta-feira (28) que o incêndio no condomínio de arranha-céus teve início em uma rede de proteção que fazia parte de uma reforma e se espalhou rapidamente para os demais prédios por meio de placas de isopor e andaimes de bambu, usados nas obras de renovação exterior do complexo iniciadas no ano passado.
Segundo o secretário de Segurança, Chris Tang, “com base nas informações preliminares que temos, acreditamos que o incêndio começou na rede [de proteção de reformas] instalada do lado de fora dos andares inferiores e rapidamente se espalhou para cima devido à queima das placas de espuma, afetando vários andares”.
De acordo com o governo, a alta temperatura das chamas também fez com que os andaimes de bambu e a rede de proteção queimassem, e as varas de bambu fossem quebradas pelo fogo e espalhassem ainda mais o fogo para outros andares.
Na quinta-feira, três diretores da Prestige Construction, a empresa encarregada das obras, foram detidos por suposto homicídio culposo e continuam prestando depoimento à polícia.
Nesta sexta-feira, a Comissão Independente Anticorrupção de Hong Kong, órgão oficial da antiga colônia, prendeu dois diretores da empresa de arquitetura responsável pela reforma do complexo residencial.
O Wang Fuk Court, construído em 1984 e com capacidade para 4.600 moradores, 42% deles com mais de 65 anos, estava na segunda fase de um projeto de renovação integral em três etapas, cuja conclusão estava programada para junho de 2026.
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