O presidente da Câmara, Hugo Motta, busca retomar o controle político da Casa após se isolar do governo e da oposição. Em Brasília, ele reorganizou um bloco de centro com 275 deputados para ditar a agenda de votações, forçando PT e PL a negociar diretamente com seus termos.
Por que Hugo Motta está politicamente isolado?
Motta rompeu ao mesmo tempo com o líder do PT, Lindbergh Farias, e com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante. As relações se desgastaram após votações polêmicas, como o projeto que equiparava facções a terroristas, e a decisão do STF de anular a absolvição de Carla Zambelli (PL-SP). Ambos os lados, governo e oposição, passaram a criticar abertamente sua imprevisibilidade e condução.
Qual o objetivo do presidente da Câmara com este novo bloco?
A criação de um bloco com maioria absoluta (275 deputados) é um movimento para recuperar poder. O objetivo não é apenas se colocar como neutro, mas ser o “árbitro” das decisões. Com essa força, Motta ganha a capacidade de pautar, acelerar ou travar projetos, obrigando tanto o governo Lula quanto a oposição bolsonarista a negociá-lo como o ator principal na Câmara.
Como essa articulação de Motta afeta o governo Lula?
A agenda do presidente Lula fica diretamente ameaçada. Projetos cruciais, como a votação do Orçamento e o aumento de tributos sobre bets (apostas online) e fintechs (empresas de tecnologia financeira), agora dependem da boa vontade do novo bloco. No sistema político brasileiro, o presidente precisa do apoio de vários partidos para governar; com essa crise, o custo para aprovar qualquer pauta se torna mais alto para o Planalto.
E a oposição, ficou satisfeita com as últimas votações?
Não. Apesar de Motta ter pautado um projeto que reduz as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, a oposição, liderada pelo PL, se sente traída. O acordo inicial, feito durante a eleição de Motta, previa a votação da anistia total. A proposta de redução de pena foi vista como um substituto insuficiente e uma quebra de compromisso do presidente da Câmara.
Quais são os próximos capítulos desta crise?
A tensão deve aumentar. Motta pretende pautar em breve os pedidos de cassação de deputados bolsonaristas, como Alexandre Ramagem (PL-RJ), e declarar a perda de mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por excesso de faltas. Em reação, Eduardo Bolsonaro afirmou que o presidente da Câmara “escolheu a desonra” e que “ainda terá a guerra”, sinalizando que o conflito está longe de acabar.
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- Motta isola governo e oposição e tenta manter controle da Câmara com bloco de centro
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