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Haddad prevê ano difícil em 2026 com ‘guerra de narrativas’ e faz aceno ao Congresso | Política

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que 2026 será um ano “muito difícil” para o governo Luiz Inácio Lula da Silva por conta da “guerra de narrativas” que tomará conta, por exemplo, das redes sociais. Para ele, a vida dos ministros da Esplanada “continuará um inferno”. Apesar da análise, o chefe da equipe econômica defendeu que a gestão petista precisa se agarrar na “verdade” para viabilizar mais quatro anos de mandato para Lula.

“Nós temos muitos desafios pela frente, vai ser um ano muito difícil como todos sabem, sobretudo em relação à guerra de narrativas. Vai continuar um inferno na vida de todos nós, é um desafio lidar com as redes sociais. Se a gente transformar o ano que vem no ano da verdade, nós vamos transformar isso em mais quatro anos de trabalho”, argumentou.

O ministro falou sobre o assunto durante discurso na ú reunião ministerial, realizada hoje na Granja do Torto, a última do ano. Haddad pediu atenção de todos os ministros com a comunicação de suas pastas. “A comunicação é um desafio diário de todos nós: mostrar o que a gente fez”, afirmou.

Além disso, numa referência à isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, uma das principais bandeiras da gestão petista, Haddad defendeu que a implementação de uma “justiça tributária” está mudando o “imaginário” do Brasil.

“Eu tenho visto como a justiça tributária fala com o imaginário do país. Nós estamos entre os países mais desiguais do mundo. Tudo que estamos fazendo ainda é pouco porque falta fazer, mas há reconhecimento hoje que o país está agindo”, emendou

Por fim, Haddad fez um aceno a Lula. “Não tem nada mais verdadeiro do que o Rui falou: a gente tem que valorizar muito a pessoa que está dirigido o país. Eu não consigo ver um cenário em que pudéssemos chegar até aqui, de cabeça erguida, sem esse projeto que o presidente lidera tão bem”, concluiu.

Haddad reconheceu que há “tensões” entre os três Poderes, mas tentou minimizar esses choques institucionais. Na visão do chefe da equipe econômica, as divergências entre Executivo e Congresso Nacional são “naturais”. Haddad fez um aceno ao “enorme esforço” que foi feito pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“É natural as tensões entre os Poderes, brigar por mais ou menos [mudanças nos projetos]. Mas a grande verdade é que, no meio disso tudo, nem sempre se reconhece o esforço institucional enorme que foi feito pelos presidentes das duas Casas [Câmara e Senado] desde 2023. Nós pautamos os projetos que foram encaminhados. Saíram como nós pautamos? Não. Mas o papel da democracia é alterar, modificar”, argumentou Haddad.

O afago feito por Haddad coincide com as negociações entre governo e Parlamento para votação do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.

Ainda assim, Haddad admitiu “contrariedade” ao dizer que a Fazenda queria “fazer muito mais” do que fez neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Estamos chegando aqui com números que expressam muito orgulho. Obviamente que queríamos fazer muito mais. Ontem fiz uma reunião com a equipe [econômica] mostrando contrariedade com o que ainda falta fazer: ‘puxa, dava pra fazer isso, dava pra fazer aquilo’. Mas é sempre o copo meio cheio ou meio vazio”, explicou.

Ainda neste tema, Haddad estendeu agradecimentos aos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), que também estão presentes na reunião ministerial. “Se não fosse a atuação desses parlamentares que estão entre nós, seria muito difícil chegar até aqui”, disse.

Além disso, o ministro da Fazenda voltou a criticar a relação “difícil” com o mercado financeiro. Na visão dele, Lula “herdou o inferno” quando assumiu a Presidência em 2023, fator que não estaria sendo visto pelos agentes econômicos.

“É muito difícil a relação com o mercado financeiro porque esses indicadores não são reconhecidos. O presidente Lula herdou o inferno depois de anos de governo de direita e extrema-direita. Eles se apresentam como campeões da responsabilidade fiscal, mas é só pegar os números. Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, criticou.

Por fim, o chefe da equipe econômica disse acreditar que a população está sentindo que a justiça social está sendo aplicada pela gestão petista. “Quem está pagando a conta pela primeira vez é o andar de cima, isso ressoa [na sociedade]”, defendeu.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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