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Haddad é chamado de Taxad e deputados batem boca

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Deputados protagonizaram uma bate-boca, nesta quarta-feira (24), na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Câmara após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ser chamado de “Taxad” pelo deputado Delegado Caveira (PL-PA). A sessão foi marcada por trocas de farpas entre o ministro e parlamentares da oposição.

“O ministro não cansa de falar que o Brasil está indo bem… Mas o ministro só sabe taxar, não é à toa que o apelido do senhor no Brasil é Fernando Taxad”, disse Caveira. O deputado Marcon (PT-RS) pediu respeito. Em resposta, o deputado do PL mandou Marcon “calar a boca” diversas vezes.

O presidente da comissão, Rodolfo Nogueira (PL-MS), pediu respeito à casa e garantiu que ninguém seria interrompido. “É só para perder o raciocínio. Deputado do PT não pode ouvir nada. Quando não está mentindo, está roubando”. Marcon e o deputado Bohn Gass (PT-RS) protestaram.

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Caveira rebateu: “Deputado, cala a boca, quando for sua vez, você fala o que quiser”. Ele retomou as críticas a Haddad, dizendo ter “saudade de Paulo Guedes”, que foi ministro da Economia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Foram criados ou aumentados 24 impostos, que saudade de Paulo Guedes, esse chegou no ministério sem puxar saco de ninguém”, disse o deputado da oposição. “Qual é o programa que Vossa Excelência tem para tirar o Brasil do caos, que Bolsonaro entregou com R$ 56 bilhões de superávit”, acrescentou.

Nogueira passou a palavra para Haddad. “Eu vim aqui para discutir coisa séria, decente. Quando começa a ofender a honra das pessoas, eu começo a perder o entusiasmo de um debate franco”, começou o ministro.

“As operações da Receita Federal, recentes inclusive, estão chegando nos verdadeiros ladrões da nação. Fizemos uma operação no final de agosto que desbaratou uma quadrilha grande. Devagarzinho vamos chegar aos verdadeiros ladrões da pátria, mas com todo respeito ao direito de defesa”, acrescentou Haddad.

Maior “vagabundagem” foi a falta de correção da tabela do IR, diz Haddad

O chefe da equipe econômica defendeu que o projeto de lei do devedor contumaz, quando for aprovado, vai revelar “um esquema de crime organizado” e mostrar quem “efetivamente rouba” o Brasil. “Sobre taxação, a maior vagabundagem que foi feita nesse país, que isso taxa de forma cruel, é não corrigir a tabela do Imposto de Renda”, frisou o ministro.

O ministro afirmou que Bolsonaro “ficou 4 anos sem corrigir a tabela do IR” e “sem dar R$ 1 acima da inflação” para o salário mínimo. “Essa é a maior taxação que se pode fazer. Agora, taxar bet, super-rico e banco, para isentar quem o Bolsonaro cobrou? Isso o senhor pode usar apelido à vontade”, destacou Haddad.

“Vocês estão aqui numa comissão de agricultura e não têm vergonha de participar de um governo que fez 33 milhões de pessoas passarem fome e matou 700 mil pessoas que não foram vacinadas a tempo?”, questionou Haddad.

“Descondenado Lula” e “descondenar Bolsonaro”

Durante a audiência, Caveira chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “descondenado Lula” em sua fala. Haddad disse que o partido do deputado também votou em favor da “taxa das blusinhas” e que agora ele quer “colocar no colo” de Lula as críticas contra o imposto.

“O senhor desrespeita [Lula] de maneira frontal. Ser absolvido em uma instância, não é se descondenado, é o direito a recurso. Qualquer pessoa tem, inclusive o Bolsonaro tem também direito a recurso. O senhor não está querendo descondenar o Bolsonaro? É um direito seu”, afirmou o ministro.

Zanatta cita mulher de Haddad e ministro pede para não mencioná-la

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) também criticou haddad. “Eu não vou dar boa tarde para o senhor, porque eu não dou boa tarde para quem aumenta impostos a cada 37 dias no Brasil. pelo amor de Deus, ministro, o senhor não deve mais falar com sua mulher, não deve nem ter tempo, porque o senhor a todo momento quer aumentar imposto. Para com isso”, disse Zanatta.

Fora do microfone, o ministro pediu que a deputada não citasse sua mulher durante a audiência. A parlamentar concordou com o pedido. Para ela, dizer que o aumento de impostos só vai atingir “quem mora em coberturas” é uma “canalhice” do governo. Zanatta condneou a possibilidade de aumento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Nesta terça-feira (23), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da medida provisória 1.303/2025, afirmou que vai propor o aumento da taxação sobre o rendimento de LCAs e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) de 5% para 7,5%. O texto deve ser analisado na semana que vem.

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