O governo Lula (PT) teve uma reação contida após os Estados Unidos reduzirem as tarifas comerciais recíprocas de 10%. Logo após o anúncio, integrantes do governo avaliavam o alcance da medida, já que os produtos brasileiros eram taxados em 10% com tarifas recíprocas e, desde agosto, enfentam uma sobretaxa de 40%.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a medida mostra que a relação entre os países voltou à “normalidade”. “Divergências precisam ser esperadas ainda? Claro que sim. Mas elas serão tratadas sem fake news, pelo bem do Brasil”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo.
A Casa Branca anunciou a retirada das tarifas recíprocas sobre diversos produtos agrícolas importados, incluindo café, frutas tropicais e carne bovina. O tarifaço de 40% ainda permanece em vigor.
- Governo Trump retira tarifas recíprocas sobre o café, frutas e carne bovina
Desde agosto, os EUA aumentaram as tarifas em 40% de forma unilateral após críticas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) e às decisões do ministro Alexandre de Moraes contra big techs.
O assessor para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, disse considerar a decisão dos EUA uma “boa notícia” para os produtores e para os consumidores americanos. “Espero que seja seguida de outras que beneficiem nossos produtos manufaturados, como calçados e máquinas”, afirmou em entrevista ao portal g1.
Em nota, o governo Trump afirmou que a decisão foi tomada “após progressos substanciais em negociações de comércio recíproco” e em razão da “atual demanda doméstica” e da “capacidade produtiva interna” dos Estados Unidos.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniram nesta quinta-feira (13) para discutir o tarifaço. “Discutimos assuntos de importância mútua e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil”, disse Rubio após o encontro.
Já Vieira afirmou que o Brasil esperava um “mapa do caminho” dos EUA para orientar as negociações. “Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam”, disse o chanceler.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se reuniram no final de outubro para tratar do tarifaço e as sanções americanas a autoridades brasileiras. O encontro ocorreu em Kuala Lampur, na Malásia, em paralelo à Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
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