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Governadores falharam no combate ao crime e jogam problema no governo federal, diz Lewandowski | Política

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, que os governadores “falharam redondamente” no combate ao crime organizado. Segundo o titular da pasta, foi diante da “incapacidade” dos dirigentes dos Estados de enfrentar a questão que se passou a imputar ao governo federal a “falha” em enfrentar as organizações criminosas.

“Os Estados e os governadores falharam redondamente no combate à criminalidade organizada. Essa é uma questão que está sendo imputada ao governo federal, mas acontece que o governo federal nunca teve a competência constitucional de combater o crime organizado, subir morros, ir nas comunidades, lutar contra bloqueios, furto e roubo de celular, automóvel, assalto a banco. A violência urbana não é papel da Polícia Federal nem da Polícia Rodoviária Federal”, afirmou Lewandowski em evento na Casa Jota.

“Agora é que surgiu, diante desta incapacidade de enfrentar o crime organizado por parte dos governadores, verdade seja dita. E imputa-se essa falha ao governo federal e à esquerda em geral”, completou. Ainda segundo o ministro, estão tirando o problema da criminalidade “das costas, dos governos locais”, e “jogando” para o governo federal.

Lewandowski reiterou, no entanto, que a gestão petista irá “enfrentar” a questão. É preciso, segundo ele, “dar instrumentos” para o Executivo. “Tem que aprovar a PEC da Segurança, a Lei Antifacção, senão não tem condições de intervir”, disse.

As declarações foram dadas na véspera da votação do Projeto de Lei Antifacção na Câmara dos Deputados. O texto, que já está em sua quarta proposta, tem sido alvo de disputa entre o governo federal e o relator, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

Na primeira versão, o relatório cerceava competências da PF, o que foi apontado pelo Ministério da Justiça como inconstitucional. No atual relatório, a pasta critica o que Lewandowski tem chamado de “descapitalização” da PF, já que o texto contempla, como destino dos bens apreendidos pela corporação, apenas um dos quatro fundos de segurança pública.

Sobre o projeto, o titular da Justiça afirmou que a versão de Derrite “peca pela técnica legislativa”. “Não existe isso de criar do nada uma lei que chama Marco Legal de Combate ao Crime Organizado”, afirmou Lewandowski em referência à renomeação dada ao PL pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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