A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, retomou as críticas à oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo apoio de parlamentares à taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil em meados de agosto. Os ataques foram feitos durante a reunião desta quinta (4) do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – conhecido como “Conselhão”.
Gleisi fazia um balanço das iniciativas do governo tomadas ao longo deste ano sobre os programas sociais, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa do fim da escala 6×1 no mercado de trabalho. Em meio às explicações, ela relembrou do tarifaço e enalteceu a posição de Lula contra a narrativa que se criou de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou interferir na soberania brasileira.
“A mobilização da sociedade isolou os traidores e seus aliados aqui no Brasil. […] Ao longo destes quatro meses, o presidente Lula estabeleceu um diálogo direto e altivo com o presidente Trump, que já resultou na retirada de parte significativa das tarifas”, afirmou.
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A ministra ainda pontuou citações passadas do presidente Lula de que poderia negociar tudo, exceto a “soberania, o processo judicial brasileiro e o nosso processo político”. “Observadores de todo o mundo destacam a vitória diplomática e pessoal do presidente brasileiro, que não se curvou às pressões para a surpresa de muitos”, completou.
Gleisi Hoffmann também afirmou que, mesmo sob pressão, o Judiciário brasileiro julgou com independência e “condenou, no devido processo legal, aqueles que atentaram contra o Estado Democrático e agora cumprem penas de reclusão”.
Porém, em nenhum momento, a ministra citou nomes e nem insinuações como ocorreu em discursos anteriores tanto dela como do próprio presidente.
Esta é a última reunião do Conselhão neste ano, que também trouxe um balanço da participação na COP 30 de Belém e discussões sobre os rumos da economia brasileira. Gleisi pontuou que um dos objetivos do próximo ano é avançar na discussão do fim da escala 6×1, que o governo encampou neste ano após pressão de aliados.
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