O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reúne-se nesta sexta-feira (3) com a cúpula do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em São Paulo. O encontro era para ter acontecido na terça-feira (30), mas foi adiado, e ocorre em meio à indefinição sobre a situação do Banco Master.
A linha de cerca de R$ 4 bilhões concedida pelo FGC ao Master em maio foi rolada por 30 dias, prazo que vence nesta semana, e não está claro o que acontecerá com o banco. Há relatos de que o FGC teria rolado novamente o empréstimo, mas observadores não acreditam que a indefinição sobre o caso durará mais um mês.
“Estou cético de que o caso se arraste por mais 30 dias. O Master ainda pode vender algum ativo, mas o grosso dos bons ativos já foi. E se ele vai tirando a água limpa, no fim só vai restar a água suja lá dentro”, comenta um executivo.
“Acho muito complexo a [eventual] rolagem da dívida pelo FGC ao Master. As notícias recentes só pioram a credibilidade do Master. Mesmo que ele sobreviva, quem vai dar funding a uma instituição com um histórico recente tão pesado?”, comenta outra fonte.
Com a notícia de que Galípolo viaja para os Estados Unidos no dia 13, para participar das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), há uma expectativa de que a situação do Master possa ser endereçada antes desse prazo.
O controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, segue na sua ofensiva de tentar obter liquidez e evitar uma intervenção do BC na instituição. Na semana passada, ele vendeu a seguradora Kovr, e também está tentando vender o Will Bank.
Enquanto isso, a Moody’s retirou o rating do Banco de Brasília (BRB) da revisão negativa em que havia sido colocado após o anúncio do acordo com o Master. Com a operação de compra de parte do Master pelo BRB barrada pelo BC, a agência reafirmou a nota B1 da instituição do DF. Já o Master tem rating apenas da Fitch, e este foi rebaixado no último dia 9, exatamente pelo fato de não ter se concretizado a operação com o BRB. A nota segue em revisão negativa, o que significa que deve ser revisada em, no máximo, seis meses.
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