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Família de homem morto no Caribe denuncia governo Trump

A família de um colombiano que foi morto em um dos ataques militares dos Estados Unidos que visam embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico na América Latina e no Caribe apresentou uma denúncia nesta terça-feira (2) contra o governo Trump à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

De acordo com informações do jornal The Washington Post, a família de Alejandro Andrés Carranza Medina, um pescador de 42 anos morto em um ataque a um barco em 15 de setembro no Mar do Caribe, alega que os Estados Unidos violaram direitos humanos e cometeram “execução extrajudicial”.

Trata-se da primeira denúncia formal conhecida contra a operação militar americana no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, que teve início em setembro e já resultou em 21 ataques a 22 embarcações (com 83 mortes), que o governo Trump disse que estavam ligadas ao narcotráfico.

O advogado da família, Daniel Kovalik, afirmou que a denúncia foi apresentada pela esposa e pelos quatro filhos de Carranza, que buscam “compensação”, embora Kovalik tenha reconhecido que a CIDH, um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, não tem poder para impor suas recomendações. “Eles [a família] também querem que as mortes parem”, disse o advogado.

Ainda segundo o Post, o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, é apontado como responsável pela morte na denúncia. “O secretário Hegseth admitiu ter dado tais ordens apesar de não saber a identidade dos alvos desses bombardeios e execuções extrajudiciais”, apontou o texto, alegando que tal conduta teria sido ratificada pelo presidente Donald Trump.

A Casa Branca e o Departamento de Guerra não se pronunciaram ainda sobre a denúncia. Em ocasiões anteriores, o governo Trump alegou que a operação militar respeita as leis internacionais sobre conflitos armados.

Em entrevista à agência France-Presse (AFP) em outubro, a viúva de Carranza, Katerine Hernández, negou que o marido tinha relações com o narcotráfico.

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