A Delegacia do Consumidor (Decon) realizou, nesta quarta-feira (8/10), uma operação que revelou graves falhas na fiscalização da Prefeitura de São João de Meriti. O alvo foi um depósito clandestino de bebidas alcoólicas, que funcionava sem alvará municipal e sem licença da Vigilância Sanitária. A ação também ocorreu em Água Santa, na Zona Norte do Rio, e resultou na apreensão de centenas de garrafas e materiais de rotulagem.
Segundo a Polícia Civil, a operação foi motivada por denúncias anônimas sobre o armazenamento irregular de bebidas e a suspeita de falsificação. Um responsável pelo depósito foi conduzido à Decon para prestar esclarecimentos. No local, os agentes encontraram rótulos e lacres falsificados, que simulavam marcas conhecidas. Todo o material apreendido será periciado.
A descoberta em São João de Meriti levantou críticas quanto à ausência de fiscalização preventiva da Prefeitura, que deveria identificar o funcionamento irregular através das secretarias responsáveis por Fazenda e Saúde. O depósito operava de forma livre, sem qualquer tipo de vistoria municipal, e só foi descoberto após a denúncia encaminhada à Decon.
Casos semelhantes já ocorreram na cidade. Em anos anteriores, ações pontuais da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária identificaram bares e depósitos sem licença em bairros como Éden e Coelho da Rocha, mas nenhuma operação havia alcançado essa proporção.
O Governo do Estado reforçou o alerta aos consumidores e lançou um curso online gratuito para identificar bebidas falsificadas, além de uma cartilha educativa com orientações sobre rótulos, lacres e preços suspeitos. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) também investiga quatro casos de intoxicação por metanol no estado e disponibilizou uma ferramenta digital para apoiar profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento.
Autoridades estaduais reforçam que sintomas como visão turva, dor abdominal e mal-estar após ingestão de álcool exigem busca imediata por atendimento médico.
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