O ex-presidente peruano Pedro Castillo (2021-2022) foi condenado nesta quinta-feira (27) a 11 anos, 5 meses e 15 dias de prisão devido à tentativa de autogolpe de dezembro de 2022.
Segundo informações da agência EFE, o ex-mandatário esquerdista foi considerado culpado de crime de conspiração para uma rebelião pela Câmara Penal Especial da Suprema Corte, mas, por não ter completado o golpe (dessa forma, sem consumar o crime de rebelião), o Ministério Público alterou durante o julgamento a pena solicitada de 34 anos de prisão para a que foi anunciada hoje pelo tribunal.
Em 7 de dezembro de 2022, Castillo dissolveu o Congresso horas antes da votação de um pedido de vacância presidencial no Parlamento, devido a denúncias de corrupção, e anunciou um “governo de emergência” e que seriam convocadas eleições para um novo Legislativo, com poderes constituintes, que deveria aprovar uma nova Carta Magna dentro de no máximo nove meses.
Logo depois, o Parlamento do Peru declarou vacância presidencial por incapacidade moral permanente, destituindo Castillo, que foi preso no mesmo dia.
O ex-presidente de esquerda é o quarto ex-mandatário peruano condenado à prisão em pouco mais de um ano. Na quarta-feira (26), o ex-presidente Martín Vizcarra (2018-2020) foi condenado a 14 anos de prisão por corrupção.
Em setembro, o ex-mandatário Alejandro Toledo (2001-2006) foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro no chamado caso Ecoteva, envolvendo as empresas brasileiras Odebrecht e Camargo Correa.
Ele já havia sido condenado em outubro do ano passado a 20 anos e seis meses de prisão pelos crimes de conluio agravado e lavagem de dinheiro em um caso também envolvendo a Odebrecht.
Em abril deste ano, o Terceiro Juizado Colegiado da Corte Superior Nacional do Peru condenou o ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016) e sua esposa, Nadine Heredia, a 15 anos de prisão, por lavagem de dinheiro qualificada por financiamento ilegal, por parte do ex-ditador venezuelano Hugo Chávez e da Odebrecht, para campanhas eleitorais de Humala em 2006 e 2011.
Após o anúncio da sentença, Heredia se refugiou e solicitou asilo na Embaixada do Brasil em Lima, pedido que foi aceito pelo governo Lula. Ela chegou a Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) poucos dias depois de ser condenada.
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