O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy foi condenado nesta quinta-feira (25) a cumprir cinco anos de prisão por associação criminosa com o objetivo de obter financiamento do regime da Líbia de Muammar Kadafi para a sua campanha de 2007.
A sentença foi proferida pelo Tribunal Correcional de Paris. A leitura da sentença começou pouco depois das 10h (horário local, 5h de Brasília).
Os juízes consideraram Sarkozy culpado por ter usado sua influência como presidente do partido conservador UMP e como candidato presidencial para que seus colaboradores, como Claude Guéant e Brice Hortefeux, cometessem crimes de corrupção com o regime de Muamar Kadafi.
Especificamente, a presidente do tribunal disse que o então candidato ao Eliseu permitiu que esses dois próximos colaboradores, que mais tarde ocupariam cargos de destaque durante seu mandato presidencial, “obtivessem apoio financeiro” de Trípoli para o caixa da campanha de 2007.
A sentença estabelece que o crime de associação criminosa foi cometido entre 2005, data de uma viagem de Sarkozy à Líbia como ministro do Interior, até 15 de maio de 2007, quando começou seu mandato presidencial, momento a partir do qual estava coberto pela imunidade como chefe de Estado.
Por outro lado, o ex-presidente foi absolvido dos outros crimes pelos quais também foi julgado, como os de ter violado as regras eleitorais na campanha que o levou ao Eliseu em 2007 ou os de peculato.
O crime de associação criminosa pode resultar em uma pena de até 10 anos de prisão.
Sarkozy já foi condenado em dois processos anteriores, um por corrupção e tráfico de influência, pelo qual foi sentenciado a um ano de prisão e que já é definitivo; e outro pelo financiamento de sua campanha de 2012, pelo qual foi sentenciado em apelação a seis meses de prisão e está pendente de recurso perante o Tribunal Supremo.
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