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Ex-ministros compraram apoio de deputados para o governo Petro

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O Ministério Público da Colômbia acusou nesta segunda-feira (1º), perante o Tribunal Superior de Bogotá, os ex-ministros Ricardo Bonilla e Luis Fernando Velasco de liderarem uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos entre 2023 e 2024 para comprar apoio parlamentar ao governo do presidente Gustavo Petro. Ambos os ex-funcionários negaram a acusação.

De acordo com o MP, o esquema teria movimentado mais de 612 bilhões de pesos colombianos (cerca de 163 milhões de dólares), destinados à compra de votos no Congresso em troca da aprovação de projetos do Executivo. A promotora María Cristina Patiño afirmou na audiência que os dois ex-ministros “lideraram, promoveram, dirigiram e encabeçaram a organização criminosa”, coordenando reuniões, distribuindo ordens e supervisionando ações ilícitas em órgãos estatais como o Instituto Nacional de Vías (Invías) e a Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD).

Conforme detalhou o Ministério Público, entre maio de 2023 e outubro de 2024, Bonilla e Velasco teriam usado projetos do Invías e da UNGRD como moeda de troca política. Segundo a acusação, os ex-ministros direcionavam contratos financiados com recursos públicos para regiões vinculadas a determinados congressistas, que, em troca, dariam apoio a iniciativas importantes do governo Petro no Congresso. A promotoria afirma que a liberação das obras funcionava como benefício político para esses parlamentares, garantindo votos, quórum e participação nas deliberações favoráveis ao Executivo.

Segundo a promotora Patiño, o modus operandi consistia em “comprar congressistas por meio da entrega de contratos, cujos recursos provinham do erário, em troca do apoio aos projetos do Governo ou de sua participação para garantir quórum e deliberação”. O MP acrescentou que os ex-ministros teriam atuado de forma coordenada com outros envolvidos e que o esquema tinha “vocação de permanência”, permanecendo ativo enquanto ambos integravam o gabinete.

De acordo com as informações apresentadas em audiência, Bonilla – que ocupou o Ministério da Fazenda entre maio de 2023 e dezembro de 2024 – também teria influenciado na distribuição de contratos de 92 mil milhões de pesos (aproximadamente 23 milhões de dólares) para beneficiar seis congressistas favoráveis à ampliação do limite de endividamento do governo. Velasco, por sua vez, foi ministro do Interior e chegou a comandar interinamente a UNGRD.

O caso deriva das confissões de Sneyder Pinilla, ex-subdiretor da UNGRD, condenado a mais de cinco anos de prisão e que relatou pagamentos de subornos em 2023 aos então presidentes do Senado e da Câmara, Iván Name e Andrés Calle, ambos atualmente presos e sob investigação da Suprema Corte por corrupção e peculato.

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