O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (4) que os Estados Unidos devem apresentar ao Brasil uma proposta de cooperação para o enfrentamento ao crime organizado. Haddad se reuniu com o encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar sobre o tema.
“Eles vão encaminhar uma proposta de parceria, justamente para que essa relação deixe de ser uma relação formal, burocrática”, disse o ministro a jornalistas após o encontro. Segundo Haddad, Escobar considerou a proposta brasileira “muito viável” e assegurou que os EUA estão se preparando para responder “o mais rapidamente possível”.
O ministro relatou que o encontro foi solicitado pela embaixada americana como consequência de uma carta enviada por Brasília aos EUA, após o telefonema desta terça-feira (2) entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.
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“Eu saí muito animado da conversa, porque eu senti entusiasmo da parte dele. Eu senti realmente que ele está otimista em relação ao que o governo norte-americano está propondo agora”, disse.
De acordo com Haddad, a grande preocupação dos dois países é que as organizações criminosas continuem operando se o fluxo de dinheiro não for interrompido. O objetivo é realizar um trabalho “conjugado” para evitar que esse dinheiro continue a “irrigar as facções”.
Haddad informou que 55 fundos de investimento são alvo de apurações por suspeita de financiar atividades criminosas no âmbito da Operação Poço de Lobato, dos quais 40 funcionam no Brasil e 15 no exterior, informou a Agência Brasil.
Para o ministro, outro ponto crucial na troca de informações é a criação de um canal de comunicação célere para combater o tráfico de armas. Essa iniciativa será usada para informar imediatamente a autoridade competente nos EUA quando contêineres chegam do exterior com peças ou fuzis.
“Nós vamos informar uma autoridade competente lá que vai cuidar dos assuntos brasileiros para saber quem exportou, por que exportou, para quem exportou, se houve participação do exportador, se houve uma operação dentro do porto para colocar as peças dentro do contêiner”, declarou.
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