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EUA aumentam operação enviando aeronaves para El Salvador

Uma reportagem publicada na quinta-feira (6) pelo jornal The New York Times revelou que os Estados Unidos enviaram pelo menos três aeronaves militares, incluindo um avião de ataque fortemente armado, para realizar missões a partir do principal aeroporto de El Salvador.

O jornal americano identificou os aviões por meio de imagens de satélite da Base de Segurança Cooperativa de Comalapa, um pequeno posto militar americano no principal aeroporto de El Salvador, na região da capital, San Salvador. O NYT também confirmou as informações por meio de acesso a comunicações de controle de tráfego aéreo e dados de rastreamento de voos.

O avião de ataque, um AC-130J Ghostrider, é projetado para destruir alvos em terra ou no mar usando mísseis ou rajadas disparados de seus canhões e metralhadoras. O NYT também identificou um avião de reconhecimento da Marinha e um jato da Força Aérea sem marcação no aeroporto.

A aeronave de reconhecimento P-8A realizou pelo menos seis missões saindo de El Salvador e o avião de ataque e o jato da Força Aérea realizaram pelo menos uma missão cada, apurou o jornal americano.

O uso dessas aeronaves militares a partir de El Salvador, presidido por Nayib Bukele, aliado do presidente Donald Trump, ocorre num momento em que os Estados Unidos realizam uma grande operação contra o tráfico de drogas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, que o regime da Venezuela considera uma desculpa para tirar o ditador Nicolás Maduro do poder.

Além do envio de embarcações de guerra, que incluem o maior porta-aviões do mundo e um submarino de propulsão nuclear, as forças americanas enviaram caças F-35 para Porto Rico e estão revitalizando a base naval de Roosevelt Roads, que estava desativada desde 2004, o que sugere uma ação de longo prazo.

A operação militar já resultou em 17 ataques contra 18 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico (dez no Mar do Caribe e oito no Pacífico) e pelo menos 69 pessoas morreram.

Apesar do receio de Maduro, integrantes do governo Trump fizeram nesta semana uma reunião a portas fechadas com membros do Congresso dos Estados Unidos e informaram que a gestão do republicano não possui “justificativa legal” por ora para realizar ataques dentro da Venezuela e para visar outros alvos terrestres do narcotráfico na América Latina e no Caribe neste momento.

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