A Emirates, companhia aérea sediada em Dubai, anunciou, nesta segunda-feira (17), encomenda de 65 jatos Boeing 777-9, consolidando posição de maior compradora mundial de aviões grandes. A Boeing afirmou ainda que concordou em realizar um estudo de viabilidade para uma versão maior do avião.
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A Emirates avaliou a encomenda envolvendo o maior jato em produção da Boeing em US$ 38 bilhões, embora analistas digam que companhias aéreas normalmente ganham grandes descontos dos fabricantes quando fazem pedidos envolvendo grande número de aviões.
O anúncio feito na abertura do Dubai Airshow eleva os pedidos da Emirates de aviões da família 777X para 270 jatos e ocorre apesar dos recentes atrasos na entrega da maior aeronave bimotor de passageiros do mundo.
“É um compromisso de longo prazo que sustenta centenas de milhares de empregos de alto valor na fábrica”, disse o presidente-executivo da Emirates, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, a jornalistas.
Emirates apoia estudo de viabilidade
A Emirates disse que seu acordo com a Boeing “fornece um forte apoio” para um novo estudo de viabilidade a ser realizado pela Boeing para desenvolver um 777-10, uma variante maior de sua família 777X.
O acordo oferece à Emirates opções para converter seu mais recente pedido do 777-9 de 400 assentos em um possível 777-10, se a Boeing decidir levar adiante tal desenvolvimento, ou então a versão menor do 777-8 existente, disse a companhia aérea em um comunicado.
A Bloomberg informou anteriormente que a Emirates estava pronta para fazer um pedido de dezenas de jatos 777X. A atenção no show aéreo agora estará voltada para o fato de a companhia aérea também encomendar mais Airbus A350s.
A Emirates é o maior cliente do 777X, que está sete anos atrasado após um encargo de US$ 4,9 bilhões. As entregas são previstas para 2027.
O presidente da companhia aérea, Tim Clark, disse, em um podcast recente, que espera que a Boeing ou a Airbus montem modelos maiores de seus grandes jatos de longa distância, mas descreveu os dois fabricantes como “muito avessos ao risco”.
A Emirates, agora em seu 40º ano de existência, defendeu o super jumbo Airbus A380, o maior avião do mundo, para uso em seu centro de Dubai com passageiros de longa distância. Mas a Airbus parou de produzir o avião de dois andares em 2021 após a fraca demanda de outras companhias aéreas.
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