Em meio às negociações para um projeto de revisão de penas para condenados pelo 8 de janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, recebeu integrantes da cúpula do Congresso para um jantar nesta quarta-feira (24). O ministro deixará a presidência da Corte na próxima segunda-feira (25) e, por isso, o encontro teve ares de despedida.
Ainda na noite de quarta-feira, havia a previsão de uma reunião na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o assunto com o relator da anistia, deputado Paulinho da Força (SD-SP), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Paulinho da Força fez uma série de reuniões com bancadas partidárias esta semana para discutir o texto, que agora vem sendo chamado de projeto da “dosimetria”. Ele tem repetido que tem uma relação próxima com os ministros do Supremo e está em conversas constantes para elaborar um texto que possa ter o aval dos magistrados. O relator também tem dito aos deputados que é importante que a proposta não seja considerada inconstitucional e tenha a concordância do Senado.
A preocupação vem na esteira do arquivamento, no Senado, da “PEC da blindagem”, após a aprovação do texto pela Câmara. Alguns deputados do Centrão avaliam que houve quebra de acordo por parte de Alcolumbre, ao permitir que os senadores enterrassem a proposta de emenda à Constituição, deixando a Câmara “exposta” após a repercussão negativa da aprovação da proposta.
Além de Motta e Alcolumbre, participaram do jantar na casa de Barroso o futuro presidente do STF, Edson Fachin, e os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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