O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, afirmou nesta terça-feira (16) que mantém negociações com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para viabilizar sua candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026 pelo partido. O dirigente confirmou à Folha de S. Paulo ter oferecido a legenda ao parlamentar, caso o filho de Bolsonaro queira concorrer ao Planalto.
A movimentação ocorre em meio à indefinição sobre o destino partidário de Eduardo Bolsonaro, uma vez que o PL, sua sigla atual, sinaliza apoio ao nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para a disputa presidencial.
Segundo Avalanche, Eduardo Bolsonaro teria demonstrado interesse em realizar a campanha de modo exclusivamente virtual, adotando um formato ainda não testado em disputas presidenciais no país. Apesar de atualmente residir fora do Brasil, Eduardo Bolsonaro não enfrenta impedimentos legais para registrar sua candidatura, desde que cumpra todos os critérios de elegibilidade previstos pela legislação eleitoral.
Para defender a candidatura pelo PRTB, Eduardo Bolsonaro teria de deixar o PL. O partido já discute abertamente a possibilidade, de acordo com as declarações do presidente da sigla. “Estamos conversando e todos estão dispostos a demonstrarem para o eleitorado brasileiro suas propostas”, relatou Leonardo Avalanche, ao tratar das tratativas em curso.
Além do deputado federal, o PRTB busca diálogo com outras lideranças políticas. Entre os nomes citados estão Rodrigo Manga (Republicanos-SP), prefeito de Sorocaba, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o ex-governador Anthony Garotinho (Republicanos-RJ) e o empresário Pablo Marçal, já filiado à legenda, mas inelegível até 2032.
Além de Eduardo Bolsonaro, PRTB busca políticos descontentes com PL
Em sua página, na internet, o PRTB publicou nota, em 20 de agosto, afirmando que “Bolsonaristas raiz planejam debandada do PL para o PRTB”. Depois disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deu declarações que caíram mal entre os filiados do PL próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Valdemar disse que “houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, planejou tudo, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime.”
Mais tarde, o dirigente afirmou que se expressou mal. “É claro que eu não falei nesse sentido. Minha fala foi feita com uma condicionante: se tivesse, imagine que tivesse, vamos supor que tivesse… Foi no campo do imaginário. E está claro: nunca houve planejamento, muito menos tentativa. O próprio ministro do Supremo Luiz Fux já confirmou isso”, afirmou Valdermar, citado pela CNN Brasil.
@jornaldemeriti – Aqui você fica por dentro de tudo.
Fala com a gente no WhatsApp: (21) 97914-2431