Nesta sexta-feira (26), novos drones de origem desconhecida voltaram a sobrevoar Amager, a maior base militar da Dinamarca, de acordo com a polícia local. Este representa mais um episódio de aeronaves não tripuladas sobrevoando os céus europeus. Governos apontam para uma ofensiva russa coordenada, mas Moscou nega as acusações.
Os episódios na Dinamarca, país que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que prevê um pacto de defesa mútuo entre os membros em casos de ataques de terceiros, começaram dois dias depois de o país nórdico anunciar que iria adquirir armas de precisão de longo alcance pela primeira vez. As aquisições ocorrem em razão de apontarem a Rússia como uma ameaça para “os próximos anos”.
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À agência AFP, o policial responsável pela área onde os drones foram avistados, Simon Skelsjaer, afirmou que “um ou dois drones foram vistos do lado de fora da base aérea e acima dela” e ficaram lá por “várias horas”.
Além da Dinamarca, em setembro também foram registrados voos de drones na Polônia e Romênia.
Outro a se posicionar foi o ministro da Defesa da Alemanha, Alexander Dobrindt, declarou que o exército alemão tomará “medidas para se defender”, alegando que as ameaça de drones passaram a ser considerada alta.
Exército dinamarquês implementa “muro antidrone”
Para conter a possível ofensiva inimiga, o Exército dinamarquês passou a colocar radares móveis perto de bases militares nos arredores da capital, Copenhague, e próximo da fronteira com a Suécia.
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De acordo com o ministro da Justiça do país, Peter Hummelgaard, a Dinamarca também ganhará outras capacidades para detectar e neutralizar as aeronaves não tripuladas, detalhando que aceitaram uma oferta da Suécia de fornecimento de tecnologia antidrone do país vizinho para a segurança de uma cúpula de chefes de Estados da Europa, nos próximos dias 1 e 2.
Também na última sexta-feira, ministros da Defesa de países da União Europeia concordaram com a urgência do “muro antidrone”.
“Precisamos agir rapidamente […] E precisamos aprender todas as lições da Ucrânia e construir esse muro antidrones com a Ucrânia”, afirmou o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, à AFP.
Na última quinta-feira, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, alertou que seu país já havia sido “vítima de ataques híbridos”, apontando para uma guerra não convencional, e culpando a Rússia.
“Há um país que representa uma ameaça à segurança da Europa, e esse país é a Rússia”, disse.
Como resposta, a embaixada russa na Dinamarca rejeitou as acusações, alegando uma “provocação encenada”.
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