O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, sugeriu em discurso ao Parlamento no domingo (21) que tem “boas lembranças” de seus encontros com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o primeiro mandato do republicano. Os dois se encontraram em três ocasiões diferentes entre 2018 e 2019.
Mas, para que isso acontecesse novamente, seria necessário que Washington interrompesse sua pressão para a desnuclearização da Coreia do Norte, ressaltou o ditador.
“Pessoalmente, ainda guardo boas lembranças do presidente americano Trump”, disse Kim no domingo. “Se os EUA abandonarem sua obsessão vazia com a desnuclearização e quiserem buscar uma coexistência pacífica com a Coreia do Norte com base no reconhecimento da realidade, não há razão para não nos sentarmos à mesa com os EUA”, continuou o ditador.
Kim afirmou no discurso que seu relacionamento com Trump “não era ruim”, a primeira menção ao chefe da Casa Branca neste segundo mandato. Esses comentários surgem dias depois de Trump sinalizar que fará uma viagem à Coreia do Sul no mês que vem, onde possivelmente se encontrará com o ditador da China, Xi Jinping.
Por outro lado, o ditador norte-coreano voltou a rejeitar qualquer diálogo com a Coreia do Sul. Kim disse que “jamais” se reuniria com o país vizinho para negociações de reunificação. “Nunca nos uniremos a um país que confia sua política e defesa a uma potência estrangeira”, afirmou, referindo-se à aliança militar da Coreia do Sul com os Estados Unidos.
Desde o retorno à Casa Branca, o presidente Donald Trump vem tentando uma aproximação com o ditador norte-coreano que, de sua parte, tem aumentado cada vez mais sua produção militar e sua parceria com a Rússia.
Na semana passada, Kim chegou a dizer que o status de seu país como uma potência nuclear é “irreversível” e não negociará essa questão mesmo em troca da suspensão de sanções.
Apesar de não existir qualquer perspectiva de encontro entre Trump e Kim durante a viagem do republicano à Ásia no mês que vem, alguns analistas lembraram que os dois líderes se encontraram sem aviso prévio em 2019, em Panmunjom, uma vila na fronteira entre as duas coreias.
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