A Disney, proprietária da ABC, anunciou nesta segunda-feira (22) que o programa de Jimmy Kimmel retornará à programação da emissora americana na terça-feira (23).
Na quarta-feira passada (17), a ABC havia anunciado a suspensão do programa “por tempo indeterminado”, devido a comentários que o apresentador fez a respeito de Tyler Robinson, preso pela acusação de ter matado o influencer conservador Charlie Kirk.
Segundo informações da agência Reuters, a Disney alegou nesta segunda-feira que suspendeu o programa “para evitar agravar ainda mais uma situação tensa em um momento tão delicado para o nosso país” e que os comentários de Kimmel “foram inoportunos e, portanto, insensíveis”.
Porém, após discussões com o apresentador, “tomamos a decisão de retornar o programa na terça-feira”, disse a Disney.
Os comentários de Kimmel que resultaram na suspensão haviam sido feitos no seu programa na noite da segunda-feira passada (15).
“Chegamos a novos pontos baixos no fim de semana, com a gangue MAGA [sigla em inglês para Faça a América Grande de Novo, bordão dos apoiadores do presidente Donald Trump] tentando desesperadamente caracterizar o garoto que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e fazendo tudo o que pode para ganhar pontos políticos com isso”, disse o apresentador.
O FBI e autoridades de Utah, onde o crime ocorreu, apontaram que as investigações têm indicado que Robinson seria de esquerda e Trump atribuiu o assassinato de Kirk à retórica da “esquerda radical”.
Após a fala de Kimmel, a Nexstar Media Group, operadora de 32 afiliadas da ABC, disse que interromperia a exibição do programa.
Antes do anúncio da suspensão, o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, disse em entrevista ao podcaster Benny Johnson que o comentário de Kimmel representa “a conduta mais doentia possível” e sugeriu que as licenças das afiliadas da ABC poderiam ser revogadas se a Disney não punisse o apresentador.
Na rede Truth Social, Trump comemorou a suspensão do programa de Kimmel e pediu que os programas de outros apresentadores que o criticam, como os de Jimmy Fallon e Seth Meyers na NBC, fossem cancelados.
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