O Partido Popular (PP) venceu as eleições regionais antecipadas que foram realizadas neste domingo (21) na comunidade autônoma da Estremadura, mantendo o controle do governo local e impondo uma derrota histórica aos socialistas do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em um de seus principais redutos eleitorais.
De acordo com a apuração, o PP, de centro-direita, reelegeu a presidente interina da Estremadura, María Guardiola, e obteve 29 cadeiras no parlamento regional. Por sua vez, o partido da direita nacionalista Vox conquistou 11 deputados, quase o dobro do resultado da eleição anterior, enquanto o PSOE caiu de 28 para 18 cadeiras, registrando o pior desempenho de sua história na comunidade.
A direita já governava a Estremadura desde 2023, quando o PP formou governo após um empate técnico com o PSOE, graças a um acordo com o Vox. A coligação de direita, no entanto, foi rompida no ano passado por divergências nacionais, deixando o Executivo regional em minoria e sem apoio suficiente para aprovar o orçamento de 2026.
Foi esse impasse político que levou María Guardiola a dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas – as primeiras da história da comunidade autônoma. O novo pleito manteve a direita no poder e ampliou ainda mais o seu tamanho e poder no parlamento regional. Como nenhuma legenda alcançou a maioria absoluta de 33 cadeiras, a formação e consolidação do governo regional dependerá, novamente, de negociações entre o Partido Popular e o Vox.
O colapso do PSOE, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, chama atenção por ocorrer em um território considerado um reduto histórico do partido, que governou a Estremadura em nove das onze legislaturas autonômicas, muitas delas com maioria absoluta. A perda de dez cadeiras em um único ciclo eleitoral marca o pior resultado socialista desde a redemocratização da Espanha.
A derrota ocorre em um momento de fragilidade nacional do PSOE, em meio a crises internas, acusações de corrupção e desgaste político do governo Sánchez. O candidato dos socialistas à presidência de Estremadura era Miguel Ángel Gallardo, político que aguarda neste momento julgamento por corrupção em um processo relacionado à contratação do irmão de Sánchez para um cargo público.
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