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Conselho cancela cerimônia do Nobel concedido a Corina

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O Conselho da Paz da Noruega anunciou na última sexta-feira (24) o cancelamento da cerimônia que marcaria a entrega do Prêmio Nobel da Paz à líder oposicionista venezuelana María Corina Machado.

O conselho, formado por 17 organizações independentes, afirmou que o prêmio não estava alinhado com os valores da instituição, justificando, assim, o cancelamento da cerimônia. “Esta é uma decisão difícil, mas necessária”, afirmou Eline H. Lorentzen, presidente do órgão.

A decisão não interfere na concessão do prêmio a Corina, que segue como vencedora do Nobel da Paz deste ano, premiação que lhe foi concedida “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, no último dia 10.

Lorentzen ressaltou ainda que o Conselho precisa “ser fiel aos próprios princípios e ao amplo movimento pela paz que representamos”. “Estamos ansiosos para celebrar o Nobel da Paz novamente nos próximos anos”, completou.

O Conselho enfatizou ainda que segue comprometido com seus valores: da paz, do desarmamento, do diálogo e da resolução de conflitos de forma não violenta.

María Corina dedicou o prêmio ao “povo sofredor da Venezuela” e ao presidente americano Donald Trump, também indicado ao Nobel. Em entrevista à Fox News, ela afirmou que Trump “merece o prêmio” por suas ações “decisivas para colocar a Venezuela à beira da liberdade”.

A Casa Branca reagiu ao resultado criticando o comitê do Nobel por, segundo o governo americano, “colocar a política acima da paz” ao não premiar o republicano. Machado, que já foi acusada por Maduro de apoiar uma invasão estrangeira no país, reforçou que continuará lutando pela redemocratização da Venezuela e pela libertação de presos políticos.

Maduro chamou Corina de “bruxa demoníaca” após prêmio

Dois dias após Corina ser anunciada como vencedora do Nobel da Paz deste ano, o ditador Nicolás Maduro atacou a opositora chamando-a de “bruxa demoníaca”.

Sem mencionar o nome da adversária, Maduro afirmou que “90% da população repudia a bruxa demoníaca da Sayona”, em referência a uma figura do folclore venezuelano associada a uma mulher de pele clara e cabelos longos e escuros — características usadas por aliados do regime para ridicularizar Machado.

O pronunciamento foi feito durante uma marcha em comemoração ao Dia da Resistência Indígena, data que substituiu a celebração do “descobrimento da América” na Venezuela. “Queremos paz, e teremos paz — mas uma paz com liberdade e soberania”, disse o presidente.

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