Dois bombardeiros B-1 Lancer da Força Aérea dos Estados Unidos saíram da base aérea de Dyess, no Texas, e voaram próximo da Venezuela, permanecendo em espaço aéreo internacional.
A missão com os bombardeiros faz parte de um aumento da pressão militar dos Estados Unidos sobre a Venezuela, conforme aponta o Wall Street Journal em reportagem publicada nesta quinta-feira (23).
Desde setembro, os Estados Unidos já atacaram embarcações e um veículo submersível em operações na região do Caribe e no Pacífico. Donald Trump afirma que as operações visam combater cartéis e traficantes de drogas ligados à Venezuela e à Colômbia.
Como são os aviões B-1 Lancer?
Os aviões enviados pelos Estados Unidos ao local são bombardeiros com alta capacidade destrutiva, segundo a Força Aérea Americana. O B-1 Lancer é um bombardeiro de longo alcance desenvolvido pelos Estados Unidos como um sucessor do bombardeiro B-52.
O projeto começou nos anos 1970 com o protótipo B-1A. Projetado inicialmente para missões nucleares, o B-1 perdeu essa função nos anos 1990 e, entre 2007 e 2011, consolidou-se como bombardeiro dedicado a operações militares convencionais.
Com 44,5 metros de comprimento, 10,4 metros de altura e peso máximo de decolagem de 216 toneladas, o B-1 tem grande capacidade militar devido ao seu tamanho e potência. Ele é operado por uma tripulação de quatro pessoas (comandante, copiloto e dois oficiais de sistemas de combate).
Segundo a Força Aérea dos Estados Unidos, cada unidade do bombardeiro custa cerca de US$ 317 milhões (R$ 1,7 bilhões, na cotação desta sexta-feira).
Atualmente, a Força Aérea americana mantém 62 aeronaves em serviço ativo (mais duas dedicadas a testes), consolidando o B-1 como uma das principais plataformas de bombardeio estratégico do país.
Asas podem se mover durante o voo
Segundo a Força Aérea Americana, o B-1B combina asas de geometria variável (ou seja, que o ângulo da asa pode ser alterado durante o voo), quatro motores turbofan (modelo mais recente do motor de turbina a gás) com pós-combustor, o que lhe traz alcance intercontinental, boa manobrabilidade e capacidade de voar em regimes subsônicos e supersônicos (ou seja, acima da velocidade do som).
O avião possui capacidade de levar cerca de 34 toneladas de carga, o que permite o transporte de numerosos tipos de armas guiadas e não guiadas.
B-1B também conta com radar de abertura sintética (que permite mapear detalhadamente o terreno de ataque, inclusive à noite), navegação inercial com auxílio de GPS e sistemas eletrônicos de autoproteção, que aumentam sua capacidade de se defender de ataques em ambientes hostis.
O bombardeiro foi usado pela primeira vez em combate durante a operação “Desert Fox”, contra o Iraque, em dezembro de 1998. No ano seguinte, seis aeronaves participaram da operação “Allied Force” também no país do oriente médio, contribuindo com mais de 20% do total de munições lançadas na missão.
Durante os primeiros seis meses da operação “Liberdade Duradoura” (em resposta ao Afeganistão), oito B-1 lançaram quase 40% da tonelagem total de armamentos das forças aéreas, incluindo cerca de 3.900 bombas.
*Estagiário sob supervisão de Diogo Max
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