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Com Carlos Bolsonaro, PL-SC ensaia dobradinha ao Senado

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O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) confirmou a mudança de domicílio eleitoral para o estado de Santa Catarina, que deve ocorrer até o mês de dezembro para a disputa das eleições ao Senado em 2026. O anúncio foi feito na última quinta-feira (16) durante um evento com lideranças políticas e empresariais na cidade de Chapecó, no oeste catarinense.

Nas últimas semanas, o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro tem percorrido o estado ao lado da deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que também é cotada para a corrida ao Senado por Santa Catarina. Na quinta-feira, Carlos anunciou que irá renunciar ao cargo de vereador no Rio de Janeiro e espera construir a candidatura com apoio da aliada no Congresso Nacional.

“Jamais chegaria aqui diante de tantas pessoas importantes para impor qualquer coisa. […] Carol, nós vamos quebrar as barreiras juntos e brevemente teremos a resposta que todos nós queremos. Sem dúvida, você é uma das maiores lideranças do estado, do país e o Brasil precisa de você”, disse o vereador.

Nos bastidores, a declaração foi interpretada por aliados da deputada federal como um sinal para a possibilidade de uma chapa puro-sangue do PL na corrida pelo Senado. Em 2026, os eleitores brasileiros vão eleger dois senadores por estado. 

A mudança de domicílio eleitoral de Carlos Bolsonaro chegou a ser criticada pelo setor produtivo catarinense e causou mal-estar nos bastidores políticos, apesar (ou justamente por isso) do amplo domínio da direita conservadora nas últimas eleições em Santa Catarina. “Independentemente do que acontecer, é uma escolha pessoal para um novo ciclo da minha vida, com novas pessoas que fazem parte desse momento”, afirmou.

De Toni é considerada uma das principais lideranças do PL no estado e tem apoio do governador Jorginho Mello (PL), de prefeitos e de empresários, mas a chegada do filho do ex-presidente da República pode adiar a candidatura da deputada ao Senado. “Eu estou aqui hoje graças ao seu pai [Jair Bolsonaro]. Gratidão é uma coisa de pessoas que têm caráter para reconhecer. Se não fosse o Bolsonaro, eu não seria deputada federal. […] Lá atrás, ele acreditou em mim e você [Carlos] é bem-vindo em Santa Catarina”, retribuiu a parlamentar.

  • Caroline De Toni recebe apoio, mas Carlos Bolsonaro é quem lidera pesquisa

Domínio de vagas ao Senado após chegada de Carlos Bolsonaro pode ter efeito colateral

O monopólio das vagas da direita pode custar o apoio político de siglas importantes na aliança pela reeleição do governador Jorginho Mello. O senador Esperidião Amin (PP-SC) buscará a reeleição para mais oito anos de mandato no Congresso e tem a simpatia de Jair Bolsonaro pelo histórico alinhado às pautas da direita conservadora. 

Antes da prisão domiciliar, o ex-presidente da República havia manifestado o desejo de uma composição entre um nome do PL e Amin, que faz parte da federação União Progressista. Até o início do processo de migração de Carlos Bolsonaro do Rio de Janeiro para Santa Catarina, o nome de De Toni era uma unanimidade no PL catarinense, inclusive com apoio público de Mello.

Com a chegada do filho do ex-presidente ainda em 2025, o cenário para o próximo ano irá mudar, pois a articulação política terá que chegar a um consenso com aliados importantes de outros partidos para a construção da aliança pela reeleição ao governo. O PL também cogita lançar De Toni como vice-governadora na chapa encabeçada pelo atual governador, abrindo espaço para a candidatura de Amin ao Senado.

Mello é considerado um dos governadores mais próximos do ex-presidente da República, com participação frequente em manifestações pela anistia de Bolsonaro e dos presos do 8 de janeiro. A Gazeta do Povo procurou o senador Esperidião Amin e o governador Jorginho Mello para comentar o assunto, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

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