O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ricardo Galvão (Rede-SP), ficará com a vaga na Câmara aberta com a nomeação do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) para ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Galvão reuniu-se nesta quarta-feira (22) com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), uma de suas principais aliadas políticas, e decidiu assumir o mandato de deputado federal.
Cientista e professor da USP, Galvão disse na terça-feira que já tinha conversado com a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovações) sobre sua eventual saída do CNPq para assumir o mandato. O conselho é vinculado ao ministério.
Na Câmara, Galvão disse que dará continuidade à agenda de Boulos e terá como pautas a questão climática, educação e ciência e tecnologia. Em 2026, deve tentar um novo mandato como deputado federal.
Um dos principais cientistas brasileiros, referência internacional e professor titular aposentado do Instituto de Física da USP, Galvão foi exonerado do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pelo então presidente Jair Bolsonaro, em 2019. O pesquisador teve um embate com Bolsonaro depois de o então presidente acusar o Inpe de divulgar “dados mentirosos”, que mostravam a alta do desmatamento na região amazônica. Galvão rebateu o então presidente, defendeu a credibilidade do instituto e o trabalho dos técnicos.
Perseguido por Bolsonaro, o cientista foi condecorado pelo presidente Lula em 2023 com a Ordem Nacional do Mérito Científico, homenagem dada a personalidades com relevantes contribuições à ciência, tecnologia e inovação.
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