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Campagnolo critica discussões públicas entre a direita

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A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) lamentou as discussões públicas de políticos de seu partido sobre as eleições de 2026, citando como exemplo os casos de Santa Catarina, que a envolveu, e do Ceará, que envolveu a ex-primeira-dama e presidente nacional do PL Mulher Michelle Bolsonaro. A avaliação ocorreu durante o Café com a Gazeta do Povo desta terça-feira (2).

A deputada avaliou que “não tem como dizer que a melhor estratégia é debater esse tipo de coisa em público”, mas fez uma ressalva: “mais grave do que discutir em público é não discutir estratégias.” A parlamentar estadual ainda demonstrou indignação com as críticas em redes sociais após as divergências: “Não é possível que toda vez que duas pessoas do mesmo partido ou do mesmo grupo de aliados discutem a respeito de uma estratégia, exista essa avalanche de ódio dentro da própria direita.” De acordo com Campagnolo, tal atitude representa “um grupo de direita tentando aniquilar o outro.”

Após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) dizer que Michelle parece tentar atropelar as decisões do marido, Ana saiu em defesa da ex-primeira-dama, chamando a alegação de absurda. “Eu acho que a direita precisa amadurecer”, complementou.

  • A disputa de Carlos Bolsonaro por vaga no Senado racha o PL em SC
  • Eduardo Bolsonaro diz que recuo do irmão em SC seria derrota do ex-presidente

Campagnolo comenta tensão em Santa Catarina

A parlamentar disse que a chapa ao Senado por Santa Catarina era alvo de discussão interna desde a “chegada” do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Ela alegou que nunca quis tornar pública a divergência, mas que acabou tratando do tema em uma entrevista.

A disputa pela candidatura da direita ao Senado em Santa Catarina envolve a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), Carlos Bolsonaro e o senador Esperidião Amin (PP-SC). A candidatura de Carlos é uma determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com isso, resta uma candidatura a definir. Esperidião tem o apoio do governador Jorginho Mello (PL).

Com a divergência, Caroline considera migrar para o partido Novo para disputar o Senado. Campagnolo trouxe o tema à tona ao afirmar que “o PP vai manter a candidatura do Amin como sempre foi. A vaga do nosso PL era da deputada Carol, agora será dada ao Carlos.” Com isso, o vereador reagiu: “Não sejam mentirosos! Absolutamente nada do que essa menina está falando é verdade. Quanta baixaria! Lamentável!”, negando que sua chegada a Santa Catarina atrapalharia os planos do partido.

Campagnolo lamentou a postura de Carlos: “esse não era o cartão de visitas que a maioria dos catarinenses esperava de alguém que vem de fora almejando nos representar.” O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) saiu em defesa do irmão, criticando a postura da deputada estadual: “a ideia de que uma deputada estadual, cuja carreira política foi viabilizada pela liderança nacional, tenha o direito de se insurgir publicamente contra essa mesma liderança é absurda.”

Em entrevista, ela disse que recebe apoio de Bolsonaro: “O Jorginho comentou que o Bolsonaro insiste no Carlos e ele [Jorginho] insiste que precisa do Amin. Só que a posição do Bolsonaro pelo que me foi passada é que ele vai me apoiar independente de onde eu estiver, então mesmo que eu tenha que mudar de partido eu o farei para concorrer ao Senado.”

A deputada também relacionou o caso de Santa Catarina ao do Ceará: “eu fui considerada uma traidora pelo mesmo grupo que agora defende uma aliança com Ciro Gomes.”

  • Flávio Bolsonaro esclarece que não há decisão tomada sobre Ciro Gomes
  • Michelle pede perdão a filhos de Bolsonaro, mas reafirma aversão a Ciro Gomes

Deputada cita divergência no Ceará envolvendo Ciro Gomes

A catarinense também falou, brevemente, sobre a controvérsia envolvendo o possível apoio do PL ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB). Campagnolo reconheceu o aval de Bolsonaro a Ciro, afirmando que tal aval “certamente tem o condão de evitar um desastre maior, um mal maior, que seria o PT”, mas criticou esta lógica: “Ou você apoia o Ciro Gomes ou o PT volta? Essa é a matemática? É uma decisão ruim, entre o ruim e o pior, terrível.”

Na visão de Campagnolo, “muitos bolsonaristas estão, de certa forma, insinuando que a presidente Michelle é menos bolsonarista, sendo casada com Bolsonaro, do que estes eleitores, do que esses apoiadores.”

Durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-SC) ao governo do estado, Michelle criticou publicamente o deputado federal André Fernandes (PL-CE), que encabeça a aliança: “Eu adoro o André […], mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita? isso não dá. Vou falar uma coisa: nós vamos nos levantar, nós vamos nos levantar e nós vamos trabalhar para eleger o Girão.”

Logo após o evento, em entrevista, André rebateu: “A esposa do ex-presidente Bolsonaro vem aqui e diz que fizemos a movimentação errada, sendo que o próprio presidente, no dia 29 de maio, pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e ficou acertado que apoiaríamos o Ciro.” André recebeu apoio de Eduardo Bolsonaro, que considerou a fala como “injusta e desrespeitosa.” Flávio e Carlos Bolsonaro também apoiaram o parlamentar cearense.

Em meio ao atrito, Michelle divulgou nota pedindo perdão aos enteados, mas mantendo sua posição contrária a Ciro Gomes: “seria o mesmo que trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin.”

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