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Brasil participa de festival de propaganda política de Putin

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O Brasil marcou presença no Intervision, festival de música da era soviética que o ditador Vladimir Putin recriou após a Rússia ser expulsa do Eurovision. Os shows aconteceram entre a sexta (19) e o sábado (20), em Moscou. A expulsão ocorreu com a transformação do país em um pária internacional após a invasão da Ucrânia em 2022.

A dupla com a cantora Tais Nader e o maestro Luciano Calazans apresentou a canção de axé “Pipoca com Amor”. O grande vencedor do festival foi o vietnamita Duc Phuc, que cantou uma música sobre bambu.

Chamado de Festival Internacional da Canção, o Intervision foi trazido de volta da era soviética pelo Kremlin como uma alternativa de “valores tradicionais”. O evento ocorreu em meio a discursos políticos constantes dos apresentadores e o cancelamento da participação dos EUA, representado pela cantora Vassy.

Apresentado por dois russos, um indiano e um chinês, o evento foi marcado por proclamações sobre multipolaridade e valores tradicionais, discurso amplamente defendido pelo Kremlin. A abertura do festival ficou por conta da cubana Zulema Iglesias, de 55 anos, que apresentou a música ‘Guaguancó’.

Ela havia declarado anteriormente que estava “decidida” a vencer o concurso, optando por um estilo musical tradicional de seu país.

Festival com forte tom político

O Intervision foi criado após a expulsão da Rússia do Eurovision por conta da guerra na Ucrânia, servindo como uma ferramenta de poder brando para o Kremlin. O festival também é usado para fazer propaganda dos chamados “valores tradicionais”, contrastando-o com o Eurovision, que é frequentemente associado a supostos valores “degenerados” ocidentais.

A politização do concurso é tão evidente que a representante dos EUA, Vassy, cancelou sua apresentação de última hora. Segundo os apresentadores, o motivo foi “pressão política sem precedentes”.

No entanto, Joe Lynn Turner, ex-cantor de Deep Purple e Rainbow, participou como membro do júri. Em uma entrevista, ele afirmou estar ciente de “como o país mudou” desde a década de 1990.

Muitos convidados especiais entrevistados declararam que já tinham seus favoritos e sabiam em quem votar antes mesmo de assistir às apresentações.

Discursos de Putin e Lavrov no evento

O presidente russo, que não esteve presente mas participou com um discurso gravado, declarou que seria “um dos concursos mais conhecidos e estimados em todo o mundo”.

“A Rússia sempre foi e continua sendo um país aberto à comunicação e à cooperação criativa. Valorizamos nossas tradições e respeitamos as dos outros”, disse o mandatário, que já criticou repetidamente o uso da língua ucraniana no país.

Já o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, marcou presença e concedeu uma breve entrevista logo após a apresentação da artista cubana.

“Carnaval das Culturas” e participantes

As apresentações misturam pop moderno com música tradicional, com um ambiente digital que exibe representações humanoides de cada país criadas por inteligência artificial. Os artistas latino-americanos foram os que mais exploraram suas raízes, como a colombiana Nidia Góngora, que dedicou uma canção a um mangueiro, um gênero típico de sua região.

Além da dupla brasileira, o evento reuniu participantes de países como Belarus, Sérvia, Vietnã, Egito, Emirados Árabes, Índia, Cazaquistão, Catar, China, Quênia, Quirguistão, Madagascar, Arábia Saudita, Tajiquistão, Etiópia, Uzbequistão e África do Sul, além da Rússia. A América Latina foi representada por Omar Acedo (Venezuela), Nidia Góngora (Colômbia) e Zulema Iglesias Zalazar (Cuba).

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