Uma coalizão internacional formada por 34 países, liderada por Colômbia e África do Sul, anunciou nesta sexta-feira (26) um plano de ação para impor sanções contra Israel pela guerra contra o grupo terrorista Hamas em Gaza.
O plano foi anunciado durante encontro, de nível ministerial, em Nova York, em paralelo à Assembleia Geral da ONU, no mesmo dia em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursava no plenário da organização. Entre os participantes estavam representantes de Brasil, Turquia, Espanha, Catar, Chile, Indonésia, Jordânia, Irlanda, México, Noruega e Arábia Saudita.
O grupo, autodenominado “Grupo de Haia”, apresentou medidas de caráter legal, diplomático e econômico. O objetivo, segundo comunicado oficial, é consolidar “a resposta global aos crimes constantes de Israel, estabelecendo um modelo para que todos os Estados cumpram imediatamente suas obrigações e criando mecanismos sólidos de responsabilização”.
As propostas incluem a proibição de exportações e importações de uso militar para Israel, restrição a escalas de navios que transportem armas destinadas ao país, revisão de contratos públicos para impedir financiamento de instituições que apoiem “a ocupação”, além da imposição de um embargo energético. Também foi defendida a exigência de cumprimento das ordens da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e o fim da “impunidade” perante organismos internacionais.
Em declaração conjunta, Colômbia e África do Sul afirmaram: “A escolha que cada governo tem diante de si é clara: cumplicidade ou cumprimento (do direito internacional). A história nos julgará não pelos discursos que proferimos, mas pelas ações que tomamos”. O texto ressalta ainda que as medidas propostas não devem ser vistas como opcionais, mas sim “vinculantes em virtude da Convenção sobre o Genocídio, dos pareceres consultivos da Corte Penal Internacional e das resoluções das Nações Unidas”.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, participou da reunião e declarou que a iniciativa pode marcar um “ponto de inflexão” no processo de responsabilização de Israel, classificando-a como um passo fundamental para “fazer justiça” ao povo palestino.
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