No Japão, o índice Nikkei 225 subiu 1,81% a 50.402,39 e, na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 2,12% a 4.105,93. O índice Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,43% a 25.801,77 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,69% a 3.917,36 pontos.

Apesar de ser uma semana encurtada por feriados em grande parte do mundo, fundos continuaram direcionando recursos para ações, antes da divulgação de dados adiados que devem mostrar que a economia dos Estados Unidos seguiu crescendo de forma robusta no terceiro trimestre.

As projeções medianas apontam para uma taxa anualizada de crescimento de 3,2%, em parte devido a uma forte retração das importações após uma aceleração no início do ano, antes da introdução de tarifas.

Ainda assim, analistas do Bank of America (BofA) fizeram um alerta de cautela, observando que seu indicador de sentimento dos investidores avançou para um território de otimismo extremo, em 8,5, nível que frequentemente antecede correções.

“Leituras acima de 8,0 costumam preceder recuos, com as ações globais caindo, em mediana, 2,7% nos dois meses seguintes, com taxa de acerto de 63%”, escreveram em nota. “Os dados de sentimento reforçam o sinal de cautela: a pesquisa com gestores de fundos mostra o nível mais elevado de otimismo em três anos e meio, impulsionado por expectativas de cortes de juros, tarifas e impostos.”

No Japão, o índice Nikkei saltou 1,9%, estendendo a recuperação de sexta-feira, já que a forte desvalorização do iene promete impulsionar os lucros das empresas exportadoras japonesas. A venda do iene ocorreu após o Banco do Japão (BoJ) elevar os juros para o maior nível em 30 anos, a 0,75%, e sinalizar novos aumentos, pressionando fortemente a dívida pública. Os rendimentos dos títulos de 10 anos subiram mais 8 pontos-base, para 2,10%, níveis não vistos desde 1999.

A ata da reunião do Banco do Japão (BoJ) será divulgada na quarta-feira, enquanto o presidente do banco central discursará para uma associação empresarial japonesa no dia de Natal.

Na China, as ações subiram impulsionadas por sinais de continuidade da entrada de recursos e pela criação de um porto de livre comércio na ilha tropical de Hainan.

Dados mais recentes mostram que o setor de fundos privados da China se expandiu para um recorde de 22,1 trilhões de yuans em novembro, apoiado por fortes fluxos para ações. Enquanto isso, mais de uma dezena de fundos chineses recém-lançados com foco no mercado de Hong Kong concluíram suas captações antes do prazo, com muitos correndo para montar posições, o que indica uma disposição de “comprar na queda.”