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Avaliação negativa de Lula diminui, mas ainda supera positiva, diz Quaest

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A um ano das eleições presidenciais de 2026, a avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um leve recuo de acordo com a nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (8).

O levantamento mostra, assim como os mais recentes de outros institutos, que a popularidade do petista vem melhorando nos últimos meses na esteira de acontecimentos como a reação ao tarifaço imposto pelo seu homólogo norte-americano Donald Trump e, mais recentemente, da aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil na Câmara dos Deputados. Veja abaixo:

  • Negativo: 37%, ante 38% em setembro e 39% em agosto;
  • Positivo: 33%, ante 31% nos dois levantamentos anteriores;
  • Regular: 27%, ante 28% e 27%;
  • Não sabe/não respondeu: 3% nos três levantamentos.

A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

  • Trump suaviza abordagem com Lula como tática para alcançar seus objetivos no Brasil

Além da reação ao tarifaço de Trump, pesquisas de opinião têm apontado que a “química” entre os dois presidentes durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, no final de setembro, também melhorou a imagem do presidente brasileiro e as perspectivas de uma redução da tensão entre os dois países.

“A pesquisa revela um quadro consistente de recuperação de popularidade desde julho de 2025. Neste mesmo período, o governo conseguiu começar um processo de recuperação de sua credibilidade, já que aumentou o percentual de brasileiros que dizem que o governo supera suas expectativas”, disse Felipe Nunes, CEO da Quaest.

No apanhado maior da pesquisa, a desaprovação a Lula também vem recuando lentamente junto de um avanço gradual da aprovação:

  • Desaprova: 49%, ante 51% em setembro e em agosto;
  • Aprova: 48%, ante 46% nos dois levantamentos anteriores;
  • Não sabe/não respondeu: 3% nos três levantamentos.

Segundo a Quaest, o aumento da aprovação de Lula se deu principalmente entre o eleitorado feminino (52%), enquanto que o masculino segue com uma desaprovação maior (53%). O mesmo se vê no Nordeste, com uma aprovação de 62%, enquanto que a desaprovação ainda é maior no Sudeste (52%), Sul (56%) e Centro-Oeste/Norte (55%).

“O acumulo de vitórias políticas, transformadas em mais notícias positivas, é um bom sinalizador do que está acontecendo”, pontuou Nunes.

Para o instituto, o rápido encontro entre Lula e Trump deixou o presidente brasileiro mais forte politicamente para 49% dos entrevistados, e seu discurso na ONU foi considerado bom por 52% dos ouvidos pela Quaest. Já a aprovação da isenção do IR foi aprovada por 79%. A rejeição à PEC da Imunidade, outra vitória do petista – mas, no Senado – também é superior à aprovação (63% contra e 22% a favor).

Felipe Nunes afirma que a expectativa positiva de melhora nas condições de vida com a medida “aumentou em todos os segmentos políticos, especialmente entre bolsonaristas e na direita não bolsonarista, fora da base tradicional do Lula”:

Apesar do avanço na popularidade do presidente, os brasileiros ainda são desconfiados das intenções de Lula neste terceiro mandato. A avaliação de que ele é bem intencionado empata no sim e no não (47%), enquanto que 63% afirmam que ele não tem conseguido cumprir as promessas de campanha – apenas 32% acreditam que sim.

“O governo também não conseguiu ainda reverter a avaliação de que o país está indo na direção errada, um claro sinal de que o que está sendo feito é visto como insuficiente”, completou o CEO da Quaest citando que 56% dos entrevistados consideram que o Brasil está indo na direção errada, e 36% na certa.

Contra a anistia e a dosimetria

A pesquisa também mostra um aumento do percentual de brasileiros contrários (41% para 47%) ao PL da Anistia, que propõe um perdão aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Os favoráveis – incluindo o benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – somam 35%, enquanto que 8% limitariam os benefícios da legislação apenas aos manifestantes.

“Nesse último mês aumentou o percentual de brasileiros contrários a qualquer tipo de anistia, outra vitória da narrativa governista”, pontuou Felipe Nunes.

O levantamento também mostra que 52% dos entrevistados pela Quaest são contrários ao PL da Dosimetria, apontado como uma alternativa mais viável ao da Anistia. Outros 37% são favoráveis, considerando as penas muito duras aos condenados.

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