A audiência na Itália que trataria do processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi adiada mais uma vez, agora para 18 de dezembro. A sessão marcada para esta quinta-feira (4) ocorreu, mas não avançou porque as autoridades italianas irão analisar documentos apresentados pela parlamentar, segundo informações do advogado Fábio Pagnozzi, que a representa.
Zambelli está presa em Roma desde o fim de julho e aguarda manifestação da Corte italiana sobre o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. A deputada do PL fugiu do Brasil em junho após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que ela nega.
A audiência deveria ter ocorrido na semana passada, mas foi adiada em razão da paralisação de servidores italianos. Nesta quinta-feira (4), de acordo com o advogado da parlamentar, foi apresentado às autoridades o parecer do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo que pede a cassação do mandato de Zambelli na Câmara dos Deputados.
Garcia deu parecer contrário à perda de mandato e questionou os fundamentos da acusação que sustentaram a condenação de Zambelli pelo STF. O documento foi apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, na terça-feira (2), e deve ser votado pelos demais integrantes do colegiado na próxima semana.
“[O documento] mostra mais uma vez que o processo da deputada Carla Zambelli não tem provas, é um processo baseado só no depoimento de um hacker mentiroso. Quando colocamos isso para os juízes na Itália eles decidiram adiar a audiência mais uma vez para analisar esse parecer”, afirmou Fábio Pagnozzi, em vídeo em suas redes sociais.
Ainda de acordo com o advogado, os juízes pediram que a Advocacia-Geral da União (AGU) envie até a semana que vem um relatório sobre as condições dos presídios para onde Zambelli pode ser enviada caso a Itália decida extraditá-la.
Caso a Justiça italiana manifeste-se pela extradição, a defesa de Zambelli afirma que ainda pode recorrer à Corte de Cassação. O Ministério Público italiano já deu parecer favorável à extradição. A palavra final sobre o destino de Zambelli cabe ao Ministério da Justiça italiano.
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