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Argentina identifica corpo do pianista brasileiro Tenório Junior

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O corpo do pianista brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Junior, desaparecido em Buenos Aires em março de 1976, foi identificado quase cinco décadas depois pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF).

O músico, conhecido como Tenório Junior, estava na capital argentina naquele momento para se apresentar ao lado de Vinicius de Moraes, mas acabou desaparecendo sem explicações no centro da cidade poucos dias antes da instalação do regime militar, fruto do golpe de 24 de março de 1976.

Segundo as investigações, o pianista foi visto pela última vez na madrugada de 18 de março de 1976, quando saiu de um hotel próximo à avenida Corrientes. Dois dias depois, autoridades encontraram um corpo com vários disparos em um terreno baldio, que não foi identificado na época e acabou sendo enterrado como indigente no cemitério municipal de Benavídez.

A confirmação de que aquele corpo encontrado no terreno baldio era o de Tenório Junior só ocorreu agora, após a comparação das impressões digitais de Tenório que foram coletadas pela polícia de San Isidro em 1976 com os matérias do músico que foram fornecidos pelas autoridades brasileiras.

Como a sepultura onde estava o corpo havia sido reutilizada em 1982, os restos mortais que estavam lá não puderam ser recuperados para exames de DNA, mas a correspondência das digitais permitiu encerrar décadas de incerteza. A decisão sobre a identificação do corpo foi oficializada pela Câmara Federal de Buenos Aires em agosto.

Nascido em 1940, no Rio de Janeiro, Tenório Junior começou a carreira ainda adolescente e se destacou como pianista da bossa nova. Era casado e pai de quatro filhos, com o quinto a caminho quando desapareceu.

Desde 2013, a Argentina utiliza um sistema chamado AFIS – software utilizado por forças de segurança para armazenar e comparar impressões digitais de forma automatizada. Com essa tecnologia, as autoridades conseguem cruzar as impressões digitais de corpos que foram enterrados como indigentes com os registros de pessoas denunciadas como desaparecidas durante o regime militar. Esse procedimento já possibilitou a identificação de mais de 140 vítimas.

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