O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o “baixo nível” do Congresso. Motta disse acreditar que o petista se referiu à “extrema direita” e afirmou que, caso a crítica tenha sido ao Parlamento como um todo, ele “discorda plenamente”.
“Quando o presidente se dirigiu ao Congresso, penso que ele quis fazer uma crítica à extrema direita. Se o presidente tiver falado sobre o Congresso — que eu acredito que ele não falou — quero dizer que discordo plenamente, porque foi esse Congresso que aprovou quase tudo o que o governo enviou, claro, com modificações”, afirmou Motta em entrevista ao programa de Míriam Leitão, na GloboNews.
O deputado participou de um evento oficial do governo no Rio de Janeiro, onde chegou a ser vaiado pelo público e recebeu o apoio do presidente. Durante o discurso, Lula disse que “o país não pode permitir que a direita volte ao poder” e criticou o Legislativo.
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“Tem que analisar qual é o compromisso das pessoas. O Hugo é presidente desse Congresso, ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”, disse o chefe do Executivo.
O presidente, no entanto, errou ao titular Motta como presidente do Congresso – ele preside apenas a Câmara, enquanto o Parlamento como um todo é comandado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), que acumula também a chefia do Senado Federal.
À GloboNews, o presidente da Câmara apontou que a polarização política gera críticas fora do tom tanto da direita quanto da esquerda.
“Com relação às colocações do presidente Lula, nós assistimos várias vezes parlamentares criticarem o governo de forma muito veemente. Penso que essa polarização, como o presidente vem de um partido de esquerda e por haver uma extrema direita aguerrida, as críticas acabam saindo do tom em diversos episódios”, disse.
Motta afirmou ainda que pretende conversar pessoalmente com Lula para “atualizar” a relação do governo com a Câmara. Para o deputado, o mandatário precisa “acertar os ponteiros da governabilidade” com os partidos políticos para aprovar pautas prioritárias.
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