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Americanos vão às ruas em protestos contra o governo de Trump

Manifestantes foram às ruas de várias cidades dos Estados Unidos neste sábado (18) em uma segunda onde de protestos contra o presidente Donald Trump. Com o lema “No Kings” – ou “Não Queremos Reis”, em tradução livre – as manifestações foram organizadas em cerca de 2,5 mil cidades nos 50 estados do país. Trump está em Mar-A-Lago, na Flórida, sem agenda oficial.

A primeira dessas manifestações ocorreu em 14 de junho, no dia do aniversário do presidente. Em comum, os protestos reúnem americanos insatisfeitos com o comando de Trump na Casa Branca. Para essas pessoas, o republicano está conduzindo sua segunda gestão de forma autoritária.

Por parte dos republicanos, há a indicação de que os democratas atrasaram as negociações orçamentárias para reabrir a Administração federal, paralisada desde 1.º de outubro por falta de fundos, a fim de incentivar o protesto.

Na oposição, os democratas acusam Trump de pôr em risco a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão, por sua suposta tentativa de silenciar manifestações e calar as vozes críticas.

As maiores concentrações ocorreram na Times Square, em Nova York; no entorno do Capitólio, em Washington; e no centro de Chicago, onde recentemente houve manifestações contra as ações do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE). Outros protestos menores foram registrados em cidades da Europa, como Berlim, Paris e Roma.

“Eu não sou um rei”, disse Donald Trump em resposta aos protestos

Para os organizadores, o ato é uma forma de desafiar o presidente dos Estados Unidos, que estaria agindo “como um rei”, e não como alguém eleito em uma democracia. Trump rejeitou essa pecha em entrevista à Fox Business. “Eles estão se referindo a mim como um rei. Eu não sou um rei”, disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson, classificou a manifestação como uma mostra de “ódio contra os Estados Unidos”, liderada, segundo ele, por simpatizantes do Hamas e membros do movimento antifascista (Antifa), declarado recentemente como grupo terrorista por Trump.

De acordo com a Fox News, em muitos dos cartazes carregados pelos manifestantes havia inscrições comparando os agentes do ICE à Ku Klux Klan, grupo supremacista branco do início do século XX nos Estados Unidos. Em outros, os manifestantes escreveram que “todos os nazistas merecem o inferno”.

Governo Trump não respondeu oficialmente às manifestações

A Casa Branca não havia dado nenhuma resposta oficial aos protestos até as 16h30 deste sábado. Na rede social X, o perfil oficial do governo dos EUA compartilhou uma charge postada originalmente pelo Departamento de Transportes que mostra os democratas Chuck Schumer, Líder da Minoria no Senado dos EUA por Nova York, e Hakeem Jeffries, Líder da Minoria na Câmara dos Deputados dos EUA, vestidos de princesas.

Também pelas redes sociais, Schumer – que compareceu aos protestos em Nova York – disse que marcharia “com orgulho ao lado de trabalhadores, representantes de sindicatos e muitos colegas cidadãos” nas manifestações. “Ditadores se desenvolvem quando as boas pessoas de diferentes crenças se calam. Neste dia, nós não ficaremos em silêncio”, escreveu.

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