A possibilidade de motoristas de aplicativo chegarem a pagar até 26,5% de imposto tem provocado forte debate e preocupação entre leitores e seguidores do Jornal de Meriti. Muitos discordam do peso da carga tributária aplicada à categoria e questionam se, mantidas as regras atuais, 2026 pode se tornar um ano financeiramente inviável para quem depende dos aplicativos para trabalhar.
O centro da discussão é o Imposto de Renda da Pessoa Física, que no Brasil funciona por faixas progressivas. A alíquota de 26,5% é a máxima, aplicada apenas sobre a parte do rendimento que ultrapassa o teto mensal estabelecido pela Receita Federal. Ainda assim, motoristas afirmam que, somada aos custos do dia a dia, a tributação compromete significativamente o lucro mensal.
No caso dos motoristas de aplicativo, o imposto não incide sobre o valor bruto das corridas. Pela legislação atual, a atividade de transporte de passageiros pode utilizar uma presunção de despesas, onde apenas 60% do faturamento é considerado base de cálculo, levando em conta gastos com combustível, manutenção, seguro e desgaste do veículo. No entanto, muitos profissionais alegam que os custos reais ultrapassam esse percentual, o que reduz ainda mais a margem financeira.
Outro ponto recorrente nas manifestações dos motoristas é a contribuição ao INSS, que apesar de não ser um imposto, impacta diretamente o valor final que sobra no mês. Para quem atua exclusivamente como motorista de aplicativo, qualquer desconto adicional pesa, principalmente diante do aumento do combustível, da manutenção constante e dos repasses considerados baixos por parte das plataformas.
A preocupação para 2026 não se resume apenas à alíquota máxima de 26,5%, mas ao acúmulo de despesas obrigatórias, à ausência de políticas específicas para a categoria e à sensação de que todo o risco da atividade recai sobre o trabalhador.
Entre os comentários enviados ao Jornal de Meriti, muitos motoristas relatam incerteza sobre a continuidade na profissão caso não haja mudanças no modelo atual. Outros defendem a revisão das regras de tributação e a criação de mecanismos mais justos, compatíveis com a realidade enfrentada diariamente nas ruas.
O debate segue aberto, e a principal cobrança dos motoristas é por mais clareza, previsibilidade e equilíbrio, para que trabalhar não signifique operar no limite ou no prejuízo.
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