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Oposição articula impeachment de Moraes e CPMI do Master

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A oposição anunciou nesta segunda-feira (29) uma ofensiva para viabilizar o impeachment do ministro do do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banco Master.

O novo líder da oposição na Câmara dos Deputados, Cabo Gilberto Silva (PL-PB), afirmou que os parlamentares estão mobilizados para articular as duas iniciativas durante o recesso do Legislativo.

“A nossa meta como liderança da oposição é ultrapassar o maior número já existente na história do Brasil, que é mais de 150 deputados federais e mais de 40 senadores da República”, disse o líder em coletiva de imprensa nesta tarde.

  • PGR descarta “ilicitude” e arquiva pedido para investigar Moraes sobre Banco Master

Segundo o líder, o pedido conta com 100 assinaturas de deputados e 14 de senadores. Não há um número mínimo necessário para protocolar a denúncia contra ministros do STF. A oposição considera que o maior apoio pode pressionar o Senado a dar seguimento ao processo de afastamento do ministro.

A denúncia tem como base as reportagens da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, que revelaram que o ministro teria realizado intervenções diretas junto ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em favor do Banco Master. Moraes nega qualquer pressão em favor da instituição financeira.

Além disso, o documento também menciona o contrato de R$ 129 milhões entre o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, com o Banco Master.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) classificou os fatos como “extremamente graves”. Segundo ele, a situação indica “interferência indevida em órgão constitucionalmente autônomo, conflito de interesses e possível favorecimento privado”.

“Quando há indícios consistentes de crime de responsabilidade, como é o caso de Moraes, cabe ao Senado cumprir seu papel e promover a devida apuração, para preservar a credibilidade das instituições e o equilíbrio entre os Poderes. Ninguém está acima da lei”, afirmou.

O senador Magno Malta (PL-ES) defendeu o trabalho das jornalistas Malu Gaspar e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que publicaram reportagens sobre Moraes e o Banco Master.

“Sejam bem-vindas. Não posso esquecer que esse monstro cresceu com a ajuda de vocês [imprensa]. Sejam bem-vindas ao time daqueles que querem liberdade para o Brasil e liberdade de imprensa. Estamos juntos… Não podemos deixar a Malu Gaspar virar um novo Daniel Silveira para que o abutre possa destruí-la”, disse o senador.

Durante a coletiva, Malta apontou que “existe um xerife no Brasil hoje, agindo em nome de um consórcio perverso que se tornou o STF”. Ele também defendeu o impeachment do ministro Dias Toffoli, relator do caso Master no STF.

Oposição quer CPMI do Master para ouvir esposa de Moraes

Em paralelo, a oposição precisará das assinaturas de 171 deputados e 27 senadores para instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banco Master. Segundo o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), o requerimento já reúne as assinaturas de 170 deputados e 20 de senadores.

Jordy defendeu que a comissão deve ser aberta para ouvir a esposa de Moraes sobre o contrato com o Master. Ele destacou que, se não fosse a atuação da CPMI do INSS, as investigações sobre os descontos ilegais em pensões e aposentadorias “não teriam avançado tanto”.

Novo pedido de impeachment de Moraes

Na denúncia, os parlamentares argumentam que os fatos divulgados pela imprensa sobre a suposta atuação de Moraes configuram “grave conflito de interesses e favorecimento indireto de interesses econômicos vinculados ao seu núcleo familiar”

O documento sustenta que o magistrado violou o Artigo 39, inciso 5, da Lei nº 1.079/1950, que define como crime de responsabilidade proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro das funções.

Para a oposição, a conduta do ministro compromete a confiança pública na imparcialidade do STF e atinge a probidade administrativa. O grupo solicita ao Senado Federal:

  • O recebimento e processamento da denúncia;
  • A perda do cargo de ministro do STF;
  • A inabilitação para o exercício de função pública por oito anos.

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