“Ele fez esse procedimento hoje. A gente precisa de pelo menos 48 horas para avaliação de resultados e complicações. Então, esse tempo será aguardado, independentemente de qualquer coisa”, declarou o cirurgião Claudio Birolini.
“A gente está trabalhando com a hipótese de que, se não houver novas intercorrências, novos problemas, que ele fique aqui até o dia 1º, quinta-feira“, completou.
Antes, a expectativa era de que o ex-presidente recebesse alta até o dia 31.
A nova intervenção foi a finalização de um processo para a anestesia dos nervos frênicos, que causam os soluços repetitivos. No sábado (27), o nervo do lado direito foi bloqueado. Nesta segunda, o esquerdo foi neutralizado.
De acordo com o médico responsável pelo processo de anestesia do nervo frênico esquerdo, Mateus Saldanha, o procedimento foi “supertranquilo”. De qualquer maneira, os médicos precisarão avaliar se a intervenção teve resultados nas próximas 48 horas.
Nesse período, Bolsonaro ainda deve fazer uma endoscopia digestiva alta. O paciente também deve seguir fazendo fisioterapia e tratamento para apneia do sono severa.
Segundo Birolini, na noite passada o ex-presidente fez um exame de polissonografia, que detectou que Bolsonaro tem apneia do sono severa.
Além disso, os médicos devem seguir observando a pressão arterial do ex-presidente. Durante o procedimento neste domingo, Bolsonaro teve um novo episódio de hipertensão arterial, o que também aconteceu no sábado.
“O presidente já é um portador da doença hipertensão arterial. Já estava medicada e controlada essa pressão, mas, no sábado, ele [Bolsonaro] apresentou um pico hipertensivo. Nós dobramos a dose do medicamento e [a pressão] adequou praticamente no domingo pela manhã. Hoje, durante o procedimento e imediatamente após, ele teve novamente uma crise hipertensiva. Nós tivemos que usar medicamento na veia”, explicou o cardiologista Brasil Caiado.
Saída é a primeira desde início de pena
Bolsonaro foi internado na quarta-feira (24) para realizar a cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral. Junto da recuperação dessa intervenção, os médicos avaliaram a necessidade de procedimentos para tentar conter os soluços frequentes.
É a primeira vez que ele sai da Superintendência Regional da PF, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado. A cirurgia foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes depois que uma perícia da Polícia Federal apontou a necessidade de intervenção médica.
Ao solicitar que Bolsonaro passasse por cirurgia, a defesa do ex-presidente também voltou a pedir a sua prisão domiciliar. Moraes rejeitou a solicitação. Segundo o ministro, a violação da tornozeleira eletrônica quando Bolsonaro estava preso em casa indica que há risco de fuga.
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