Moradores de São João de Meriti enfrentam uma grave crise no abastecimento de água, que atinge ao menos oito bairros do município. A situação se agravou neste domingo, 28 de dezembro, em meio ao calor intenso, com relatos de torneiras secas, baixa pressão e falta total de água em diferentes regiões da cidade.

Há casos de moradores que estão há cerca de seis dias sem água em casa, cenário que transformou o problema em caos para famílias inteiras, dificultando até necessidades básicas como banho, alimentação e higiene.

Os bairros com maior volume de reclamações incluem Éden, Engenheiro Belford, Jardim Meriti, Vila Jurandir, Vila Rosali, Vilar dos Teles, Agostinho Porto e Coelho da Rocha, além de trechos da Avenida Presidente Kennedy. As informações recebidas indicam que o problema não é pontual, mas sim generalizado, afetando praticamente todo o município.

Abastecimento segue crítico neste domingo (28)

As denúncias apontam situações recorrentes de:

• Interrupção total do abastecimento
• Baixa pressão, impedindo a água de chegar às caixas
• Retorno irregular, geralmente durante a madrugada
• Ausência de aviso prévio sobre interrupções ou manutenções

Também há relatos de água turva quando o fornecimento retorna, aumentando a preocupação com a qualidade do serviço.

Vídeo com promessas não resolve crise

Neste domingo (28), o prefeito Léo Vieira divulgou um vídeo conversando com Anselmo, representante da concessionária responsável pelo abastecimento.

O conteúdo foi marcado por promessas de normalização, mas, na prática, o problema persiste. Para os moradores, esse tipo de discurso já é conhecido e não se traduz em solução real.

Vídeo não enche caixa d’água, não aumenta a pressão da rede e não resolve uma crise que já dura vários dias. Enquanto promessas são feitas, famílias seguem sem água em casa, algumas há quase uma semana.

Falta de resposta específica aprofunda insatisfação

Até o momento, não foi divulgado um plano emergencial específico para São João de Meriti, com:

• lista oficial de bairros afetados,
• prazo claro de normalização,
• ou ações concretas para atendimento imediato da população.

A ausência de informações detalhadas e de medidas visíveis amplifica a sensação de abandono e aumenta a revolta dos moradores.

Serviço essencial exige ação, não discurso

O abastecimento de água é um serviço essencial. Em períodos de calor intenso, a falta prolongada representa risco à saúde, especialmente para idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.

Diante do cenário, moradores cobram ação prática imediata, como:

• normalização efetiva do abastecimento,
• divulgação clara de prazos,
• e envio de caminhões-pipa para quem está há dias sem água.

Enquanto isso não ocorre, a crise se aprofunda e o impacto social se torna cada vez maior.

O Jornal de Meriti recebe denúncias, fotos, vídeos e relatos com sigilo total, sempre em defesa da população e do direito a serviços públicos de qualidade.

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