A Casa Branca ordenou que as forças militares dos Estados Unidos se concentrem quase exclusivamente em manter a Venezuela em estado de “quarentena”, segundo informou a agência Reuters nesta quarta-feira (24), com base em declaração de um funcionário do governo americano.
De acordo com a fonte, que falou sob condição de anonimato, a orientação do governo dos EUA é priorizar a pressão econômica, por meio da aplicação rigorosa de sanções, em detrimento de uma ação militar imediata. “Embora opções militares ainda existam, o foco é primeiro usar a pressão econômica, por meio da aplicação das sanções, para alcançar o resultado que a Casa Branca busca”, afirmou o funcionário à Reuters.
A diretriz reduz, ao menos no curto prazo, a possibilidade de uma ofensiva terrestre dos Estados Unidos contra a Venezuela — hipótese mencionada reiteradamente pelo presidente Donald Trump em declarações públicas recentes.
Segundo a autoridade ouvida pela agência, a ordem é para que as forças americanas se concentrem quase exclusivamente “na quarentena do petróleo venezuelano por pelo menos os próximos dois meses”. A expectativa do governo americano é que as medidas ampliem a pressão sobre o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
“Os esforços até agora exerceram uma pressão tremenda sobre Maduro. Acredita-se que, até o fim de janeiro, a Venezuela enfrentará uma calamidade econômica, a menos que concorde em fazer concessões significativas aos EUA”, disse o funcionário.
Na segunda-feira (22), durante um evento na Casa Branca, Trump afirmou que a atitude “mais inteligente” que Maduro poderia tomar seria renunciar ao cargo, acrescentando que haverá consequências caso o líder venezuelano tente “bancar o durão”.
Já na terça-feira (23), os Estados Unidos informaram ao Conselho de Segurança da ONU que irão impor e fazer cumprir sanções contra a Venezuela e contra Maduro “na máxima extensão permitida”.
Ainda segundo a Reuters, a Guarda Costeira dos Estados Unidos aguarda a chegada de reforços antes de tentar abordar e apreender um terceiro petroleiro ligado à Venezuela, como parte da estratégia de cerco econômico ao país.
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