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Datafolha divulga primeira pesquisa após pré-candidatura de Flávio

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Um levantamento do instituto Datafolha divulgado neste sábado (6) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria os principais nomes da direita em simulações de segundo turno da eleição presidencial de 2026. Os números foram publicados um dia após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicar oficialmente o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

No confronto direto entre Lula e Flávio Bolsonaro, o petista aparece com 51% das intenções de voto, contra 36% do filho do ex-presidente — uma diferença de 15 pontos percentuais.

O Datafolha também testou outros nomes competitivos da direita. Os resultados do segundo turno foram os seguintes:

Lula x Tarcísio de Freitas (Republicanos):

  • Lula: 47%;
  • Tarcísio: 42%.

Lula x Ratinho Junior (PSD):

  • Lula: 47%;
  • Ratinho Jr.: 41%.

Lula X Eduardo Bolsonaro (PL-SP):

Lula X Michelle Bolsonaro (PL):

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 4 de dezembro, com 2.002 eleitores em 113 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os dados foram coletados antes do anúncio público feito por Flávio Bolsonaro sobre sua indicação como nome do PL para disputar a Presidência. A decisão do ex-presidente foi recebida com ressalvas por partidos do Centrão, como MDB e PSD, que integram a base do governo Lula e também avaliam lançar candidaturas próprias em 2026.

1º turno mostra fragmentação da direita

Nas simulações de primeiro turno, Lula lidera todos os cenários testados pelo instituto. Em um dos quadros considerados mais prováveis, o petista tem 41% das intenções de voto, enquanto Flávio Bolsonaro aparece bem atrás, com 18%. Ratinho Jr. surge com 12%, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), soma 7%, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem 6%.

Eis os dados do cenário com Flávio Bolsonaro:

  • Lula: 41%;
  • Flávio Bolsonaro: 18%;
  • Ratinho Jr.: 12%;
  • Ronaldo Caiado (União Brasil-GO): 7%;
  • Romeu Zema (Novo-MG): 6%;
  • Brancos/nulos/nenhum: 13%;
  • Não sabem: 3%.

Quando Tarcísio de Freitas entra na disputa, a configuração muda, mas Lula mantém a liderança:

  • Lula: 41%;
  • Tarcísio de Freitas: 23%;
  • Ratinho Jr.: 11%;
  • Ronaldo Caiado: 6%;
  • Romeu Zema: 3%;
  • Brancos/nulos/nenhum: 13%;
  • Não sabem: 2%.

Os números reforçam a dificuldade da direita em se unificar em torno de um nome competitivo no primeiro turno. A pulverização das candidaturas tende a empurrar a definição para o segundo turno, cenário que, até aqui, ainda favorece o atual presidente.

  • Indicado por Bolsonaro, Flávio cobra aprovação da anistia e tenta unir a direita

  • Mudança de postura em relação ao STF marca trajetória recente de Flávio Bolsonaro

Rejeição dos candidatos é fator decisivo

A rejeição segue como um dos principais entraves para a consolidação das candidaturas. Lula tem 44% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Jair Bolsonaro aparece numericamente próximo, com 45%, dentro da margem de erro.

Entre os nomes da família Bolsonaro, os índices também são elevados:

  • Flávio Bolsonaro (PL): 38%;
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 37%;
  • Michelle Bolsonaro (PL): 35%.

Já os governadores da direita apresentam rejeições mais baixas:

  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 18%;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 20%;
  • Ratinho Jr. (PSD): 21%;
  • Romeu Zema (Novo): 21%.

O levantamento ainda mostra que:

  • Rejeitam todos/não votariam em nenhum: 2%;
  • Votariam em qualquer um/não rejeitam nenhum: 1%;
  • Não sabem: 1%.

Bolsonaro mantém protagonismo, mas herdeiro enfrenta limites

A divulgação da pesquisa ocorre em meio ao esforço de Jair Bolsonaro para manter protagonismo político mesmo após a condenação que o tornou inelegível. A escolha de Flávio como herdeiro político busca preservar o capital eleitoral do bolsonarismo, mas os números indicam dificuldades para o grupo avançar em um eventual segundo turno.

Do outro lado, apesar da vantagem nas simulações, Lula também enfrenta obstáculos. Segundo o próprio Datafolha, o presidente registra taxa de reprovação de 38% e aprovação de 32%, o que mantém o cenário eleitoral em aberto para a disputa de 2026.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais  

Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.

Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.

Pesquisas publicadas em eleições recentes, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.

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