“Nosso caminho não é o do confronto estéril, mas o da construção”, escreveu no X. “Vamos focar no Brasil, nas pautas das nossas bancadas estaduais, no diálogo maduro entre diferentes visões e na agenda que de fato transforme a vida das pessoas”, acrescentou.

E prosseguiu: “vamos focar no Brasil, nas pautas das nossas bancadas estaduais, no diálogo maduro entre diferentes visões e na agenda que de fato transforme a vida das pessoas”.

Líder do União na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), disse ao Valor que a construção da candidatura de Flávio aconteceu “sem diálogo” com as demais forças políticas. A avaliação dele é a de que a candidatura “libera” os partidos do Centrão para concentrarem seus esforços nas eleições para o Legislativo, sem compromisso com nenhum postulante ao Planalto.

Com 59 deputados, o União Brasil tem uma das bancadas mais numerosas da Câmara. Se somados os 50 deputados do PP, a federação entre os dois partidos é o grupo mais representativo da Casa.

Na publicação nas redes sociais, Rueda cita que é co-presidente da federação União Progressista e menciona o outro co-presidente, senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro de Bolsonaro. Ele não menciona, no entanto, o nome de Flávio nem o anúncio de que o senador foi escolhido por Bolsonaro para representar seu grupo político nas eleições do ano que vem. 

Se mantido o atual cenário, segundo Pedro Lucas, o grupo deve “liberar” os seus membros para apoiar o candidato a presidente da República de acordo com as circunstâncias políticas locais. Procurado, Ciro Nogueira não retornou.

Líder do PL cobra posicionamento do Centrão

Nesta sexta, após o anúncio, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, cobrou um posicionamento do Centrão. “É hora do Centrão se posicionar, ou vão abandonar o [ex] presidente Jair Bolsonaro como abandonam até agora e não ajudaram a pressionar para votar anistia?”, escreveu em publicação na rede social X.

A divulgação da informação de que Flávio pode disputar o Planalto, antecipada pelo portal Metrópoles, provocou reações no mercado financeiro. Gestores atribuíram ao cenário eleitoral, em parte, a alta do dólar e a queda do Ibovespa registradas no início da tarde.

Nos bastidores, como mostrou o Valor, lideranças do Centrão nunca esconderam a preferência por uma chapa, representando Bolsonaro, que fosse encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) na vaga de vice. No Palácio do Planalto, até então, era essa a configuração com que aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhavam como principal chapa adversária do petista no ano que vem.