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Infraestrutura vai liderar próximo ciclo de crescimento, independente da política, diz CEO do BNP Paribas | Brasil

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O setor de infraestrutura deve liderar o crescimento econômico do Brasil nos próximos anos independentemente do ciclo político, diz Ricardo Guimarães, CEO do BNP Paribas Brasil.

Na sua avaliação, esse é uma agenda “que vem independentemente do ciclo político que a gente tem”, afirmou durante encontro com jornalistas nesta terça-feira (2) em São Paulo.

“A gente fala que ano que vem é um ano complicado porque tem eleição, tem Copa do Mundo, mas a cada quatro anos tem eleição, tem Copa do Mundo, as coisas se repetem”, brincou. “Independentemente desse cenário político, essa agenda de infraestrutura, acho que ela está muito forte no Brasil.”

Guimarães citou o setor de saneamento, cuja universalização estará “em campo, atingindo mais de R$ 1 trilhão de capex [investimentos] nos próximos cinco, seis anos”. “Tem uma agenda muito forte também de infraestrutura digital, de torre, fibra, data center. Isso vai acontecer independentemente de quem for o governo, se o Congresso for A ou B”, disse.

“Tem ainda uma agenda de infraestrutura de mobilidade urbana e de massa, muitas concessões feitas nos anos 1990 sendo agora renovadas, expansões de metrô, trem, portos, aeroportos“, acrescentou.

Guimarães mencionou ainda o setor de energia, que deve começar a olhar mais para a infraestrutura de transmissão do que de geração, buscando a integração de um sistema mais forte.

“A gente acredita que o setor de infraestrutura no Brasil vai liderar essa nova fase de crescimento nos próximos anos e muito do movimento que a gente fez este ano é em função dessa visão”, afirmou.

A economia brasileira se mostrou “muito mais resiliente, mesmo com uma taxa de juros de 15%”, e o mercado de capitais foi “bastante ativo”, afirmou Guimarães. “Se a gente não vai ter um ano recorde como foi em 2024, vai estar muito próximo disso”, disse.

A capitalização que o banco fez no Brasil em setembro deste ano foi “se preparando, olhando para criar as condições para o próximo ciclo de crescimento que a gente vê no Brasil”, apontou.

Guimarães disse que a própria reforma tributária, que não alimenta a “guerra” entre Estados, vai fazer com que os entes federativos busquem se diferenciar para atrair investimentos por oferecerem as melhores condições de negócios. Isso, segundo ele, também passa pela infraestrutura. “É uma agenda que os governadores vão abraçar fortemente”, afirmou.

Além disso, Guimarães disse que as agências reguladoras brasileiras são “muito fortes” e possuem uma “estabilidade institucional” melhor do que em muitos países da América Latina. “Isso traz muito conforto para os grandes ‘players’ globais continuarem investindo em infraestrutura aqui no Brasil”, afirmou.

Efeito “Operação Lava-Jato”

O fim dos grandes conglomerados nacionais de infraestrutura, com a “Operação Lava-Jato”, abriu o mercado para a competição internacional e tem trazido um bom “mix” de tecnologia global com expertise local para os projetos, disse Guimarães. “Acho que é um pouco da necessidade do Brasil de fazer esse ajuste, pode custar um pouco mais caro, um pouco mais barato dependendo das condições fiscais que o Brasil vai ter em 2027, mas é uma agenda que vai acontecer de qualquer jeito, a demanda está aqui”, afirmou.

Aquiles Mosca, CEO da BNP Paribas Asset Management Brasil, observou ainda que o papel do BNDES, hoje, também é diferente do que foi no passado. “Ele está, nesse momento, em um processo de seleção de fundos de infraestrutura, nós estamos participando, ele entra como coinvestidor e a sua capacidade de trazer outros investidores”, afirmou.

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