A Casa Branca lançou na sexta-feira (28) uma página no seu site oficial chamada “Infrator da Mídia da Semana”, na qual vai listar órgãos de imprensa e jornalistas que alega terem veiculado notícias “enganosas e parciais” sobre o governo Donald Trump.
Na primeira lista, foram incluídos a emissora CBS News, o jornal americano The Boston Globe e o britânico The Independent.
A Casa Branca alegou que esses três órgãos de imprensa teriam “distorcido” um post na rede Truth Social, de 20 de novembro, no qual Trump chamou de “comportamento sedicioso, punível com pena de morte” os apelos que parlamentares democratas fizeram para que militares americanos desobedecessem a ordens “ilegais” do governo Trump.
“A mídia distorceu o apelo do presidente Trump para que membros do Congresso fossem responsabilizados por incitar a sedição, afirmando que ele pediu a ‘execução’ deles”, alegou a Casa Branca.
“Os democratas e a mídia de notícias falsas insinuaram subversivamente que o presidente Trump havia emitido ordens ilegais para militares. Todas as ordens emitidas pelo presidente Trump foram legais. É perigoso que membros do Congresso em exercício incitem a insubordinação nas Forças Armadas dos Estados Unidos, e o presidente Trump pediu que eles sejam responsabilizados”, afirmou o governo do mandatário republicano.
Os três órgãos de imprensa citados ainda não se pronunciaram sobre o assunto, mas a ONG Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) criticou a medida em comunicado.
“A página do governo Trump cria uma estrutura perigosa de permissão para ataques a jornalistas e uma tentativa de minar redações em todo o país. Esse tipo de comportamento é mais condizente com um regime autoritário e não tem lugar em uma democracia”, disse Katherine Jacobsen, coordenadora do programa para os EUA, Canadá e Caribe do CPJ.
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