A defesa foi feita durante discurso para uma plateia formada basicamente por sindicalistas e apoiadores. “Não podemos continuar com a mesma jornada de trabalho de 1943, os métodos são outros. Quando eu era metalúrgico, diziam que os robôs iam tirar o trabalhador do serviço pesado, mentira. Quanto mais tecnologia, menos gente você precisa. Veja quanta gente foi mandada embora no setor metalúrgico”, disse o presidente.

A citação é uma referência ao debate sobre o fim da escala conhecida como “6×1”, quando o funcionário atua por seis dias seguidos e descansa somente um. O motivo da menção é que o tema é uma das apostas do governo para 2026, ano em que haverá eleição presidencial.

Em seguida, ao analisar o avanço tecnológico no setor industrial, Lula defendeu que “vai chegar o momento” em que o Estado terá que analisar como uma parcela da sociedade irá financiar o restante, classificado por ele como “inúteis”. “Vai chegar o momento em que a Fazenda vai ter que analisar quem é vai ser o responsável por garantir a sobrevivência de milhões de inúteis que vão ser criados no mundo”, emendou.

Além disso, o chefe do Palácio do Planalto deu a entender que seu governo que “avançar” sobre o debate da cobrança de impostos dos trabalhadores que recebem bônus por participação nos lucros.

“Quem trabalha igual um desgraçado vai ter imposto sobre participação nos lucros no final do ano. Economia não cresce por conta da conta bancária do sujeito, a economia cresce por conta do consumo que a sociedade pode ter a partir dos alimentos. Rico não fica mais pobre se o pobre consumir mais, o rico fica mais rico, vende mais caro. É isso que as pessoas precisam compreender pra fazer economia”, disse.