Fernando Dias, amplamente apontado como o principal adversário na disputa presidencial da Guiné-Bissau, e a equipe do presidente, Umaro Sissoco Embaló, anunciaram vitória nas eleições, antes da divulgação dos resultados oficiais. Ambos alegam ter conquistado mais de metade dos votos.
As afirmações divergentes podem aumentar as tensões no país da África Ocidental, historicamente suscetível a golpes, após a votação de domingo, na qual o partido que liderou a luta pela independência de Portugal, e declarou apoio a Dias, ficou de fora pela primeira vez.
Se nenhum dos candidatos tiver alcançado mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno.
“Vencemos a corrida presidencial. Não teremos segundo turno”, disse Dias nesta segunda-feira em sua sede de campanha, na capital Bissau. “O meu povo estava muito cansado e precisa de mudança no topo do Estado.”
No entanto, Oscar Barbosa, porta-voz da campanha de Embaló, disse em uma coletiva de imprensa que Embaló foi o vencedor e que não haverá necessidade de segundo turno. “Instamos nossos oponentes a não anunciar quaisquer resultados que possam colocar em dúvida o processo eleitoral”, afirmou.
Dias, de 47 anos, ganhou força após receber o apoio do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
Embaló, de 53 anos, é um ex-general do exército que tenta se tornar o primeiro presidente em exercício do país em três décadas a conquistar a reeleição. Analistas previam uma disputa acirrada entre Embaló e Dias.
Mais de 65% dos eleitores compareceram às urnas no domingo, e os resultados provisórios devem ser anunciados na quinta-feira, segundo Idrissa Diallo, porta-voz da comissão eleitoral nacional.
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