Por volta das 8h40, o índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – recuava 0,09% a 100,08 pontos. Nesse contexto, o euro avançava 0,28% a US$ 1,15389; a libra caía 0,03% a US$ 1,30919; e o dólar subia 0,03% contra a moeda japonesa, negociado a 156,72 ienes.

Um feriado nacional no Japão reduziu o volume de negociações no dia dedicado à Ásia e fez com que o iene caísse, permanecendo próximo da mínima de 10 meses registrada na semana passada. O iene é a moeda com pior desempenho em relação a um dólar mais fraco, enquanto os investidores aguardavam sinais de compras oficiais por parte de Tóquio para conter a queda da moeda japonesa.

A moeda japonesa vem se desvalorizando devido a uma combinação de políticas fiscais mais frouxas e algumas das taxas de juros mais baixas do mundo. Encontrou algum suporte na sexta-feira, recuperando-se das mínimas de 10 meses após a ministra das Finanças, Satsuki Katayama, intensificar os alertas verbais de intervenção para conter a queda da moeda.

Os investidores veem um risco de intervenção em algum ponto entre 158 e 162 ienes por dólar, com o volume de negociações reduzido devido ao feriado de Ação de Graças no final da semana representando uma possível janela para as autoridades intervirem.

“Não descartamos uma movimentação já na sexta-feira, antes de 160 ienes por dólar, e se isso acontecer, a queda pode ser acentuada, especialmente se a liquidez estiver baixa”, afirmaram os estrategistas do OCBC, Frances Cheung e Christopher Wong, em nota.

“O iene está, neste momento, pressionado por dois fatores. Por um lado, temos taxas de juros mais altas no curto prazo, com o Banco do Japão (BOJ) continuando a aumentá-las, e, por outro lado, a curva de juros de longo prazo, que vem se valorizando devido aos potenciais riscos de queda fiscal”, disse Nick Rees, chefe de pesquisa macroeconômica da Monex Europe. Rees afirmou que os mercados estão mais focados nos riscos de longo prazo para a economia japonesa do que nas implicações de curto prazo para a moeda.

O Japão pode intervir ativamente no mercado cambial para mitigar o impacto econômico negativo de um iene fraco, disse Takuji Aida, membro do setor privado de um importante comitê governamental, em um programa de televisão na emissora pública NHK no domingo.

Rees afirmou que a intervenção ajudaria a desacelerar a valorização do dólar em relação ao iene, mas não a impediria completamente, visto que a dinâmica que sustenta tal movimento dificilmente mudaria em breve.

Em outros mercados, o euro subia, devido ao ressurgimento das apostas em um corte na taxa de juros dos Estados Unidos em dezembro. Isso ocorreu após o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmar que há espaço para reduzir as taxas no curto prazo.

A moeda não apresentou nenhuma reação inicial aos planos de paz na Ucrânia, com a Ucrânia e os Estados Unidos afirmando terem criado uma estrutura atualizada e refinada que modifica o plano de 28 pontos da semana passada.